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      Márcia Sakumoto: Um dos lugares mais limpos do mundo

      Márcia SakumotoMárcia Sakumoto
      maio 12, 2019
      Japão, Variedades
      0 Comentário
      3
      Márcia Sakumoto: Um dos lugares mais limpos do mundo

      Quando desembarquei a primeira vez aqui os meus três primeiros impactos foram: os banheiros, a mão inglesa (direção dos carros ao contrário e a agonia de achar que estava na contra-mão) e a limpeza nas ruas, considerado um dos lugares mais limpos do mundo onde a reutilização do lixo é um objetivo alcançado.

      Difícil esquecer a cena televisionada e registrada em capas de jornais nas copas do mundo, os japoneses recolhendo os lixos dos estádios. A atitude que impressionou o mundo é um cotidiano por aqui. Mas acredite, há 50 anos o lixo era um enorme problema no país. Com o crescimento econômico e as indústrias, o consumo era exagerado, o país estava poluído, com os rios sujos, os aterros no limite e a população ainda não tinha a conscientização de hoje. O pensamento precisava mudar e mudou. A reciclagem é assunto sério e complexo no Japão, além de extenso e interessante.

      Hoje cada prefeitura adota seu próprio sistema de coleta seletiva dentro de um padrão nacional baseado em categorias no processo de reciclagem. Quase todo o lixo já vem separado pela população, cada um entendeu a importância da colaboração através da educação. Cartilhas com informações foram desenvolvidas e são distribuídas aos cidadãos todo o ano. Com regras, normas e leis, penalidades e multas os não cumpridores podem pagar caro por causa do lixo.

      O trabalho da população é jogar os lixos em dias, horários, sacos plásticos corretamente conforme a cartilha e o calendário. Caixas plásticas colocadas no local da coleta também podem ser utilizadas. A coleta é para todos, residências e empresas. Existe como levar todos os lixos reciclados separados nas estações de reciclagem, afinal muitas casas não possuem espaços para armazenar lixos, você precisa morar na cidade apresentar seu documento e tem alguns lugares com limite de vezes por mês.

      Lixos Combustíveis – Queimáveis: são restos de comida, óleo solidificado, papel, lixo de cozinha, madeira, tecidos etc.

      Lixos Não Combustíveis – Não Queimáveis: Metal, cerâmica, cristal, borrachas, objetos plásticos, vidros, alumínio, ferro, latas, etc.

      Lixos Plásticos: Garrafa pet, embalagens plásticas, isopor etc.

      Lixos Quebráveis: lâmpada, pilha, relógio, rádio, secador, brinquedo etc.

      Entulhos Grandes: móveis, Tapete, colchão, mesa, cobertor, bicicleta, geladeira, ventiladores etc.

      Existem itens que vão para os recicláveis como garrafas pet, latas, bandeja de isopor, embalagens tetrapak (caixas de leite, sucos etc), papelão e revista podem ser descartados em lixeiras no supermercado. As garrafas pets também podem ser colocada nas máquinas que contabilizam pontos no cartão de pontos do mercado podendo trocar por produtos. Alguns dos não combustíveis também podem ser descartados nas estações de reciclagem. Todas as embalagens devem estar sem rótulos, lavadas, secas, as tampas precisam estar separadas.

      O óleo deve ser solidificado com produto encontrado nos supermercados e jogados junto com os lixos queimáveis. Não pode jogar óleo na pia prejudica no tratamento de água.

      Os entulhos grandes precisam de agendamento na central, um horário e data para a retirada lixo na sua casa, porém precisa pagar uma taxa comprando uma etiqueta que deve ser colada no lixo.

      Não pode ser abandonado na rua ou lugares que não sejam apropriados, gera multa.

      Os estrangeiros que chegaram aqui nos anos 90 acompanharam algumas das mudanças, como por exemplo o fato de nessa época o lixo ficar nas ruas, não pagávamos para jogar fora, muitos mobiliavam suas casas com os móveis e utensílios jogados fora por japoneses que trocavam a mobília quase nova. Era possível encontrar geladeiras, tvs, sofás entre outros móveis e utensílios novinhos no lixo. Novas regras foram entrando e o surgimento de lojas de produtos de segunda mão expandiram, minando os gomi shopping (gomi significa lixo em japonês) como eram chamados pelos brasileiros.

      O sistema hoje mudou bastante gerando dificuldade de se acostumar. Realmente é complicado, no início muita informação para absorver, entender o que pode realmente jogar, onde jogar, se esse é aqui ou ali. Mas, com o tempo, acostumamos e sem dúvida passamos a achar estranho o contrário.

      Algumas imobiliárias obrigam o locatário a assistir um vídeo demonstrativo ensinando local e como proceder, nem todas as cidades possuem informativos traduzidos, e nem todo estrangeiro sabe o idioma. Muitas pessoas acham exagero, mas quando entramos a fundo nesse assunto podemos entender por que tanta dedicação. Existe uma grande preocupação ambiental, mas a reciclagem vai além.

      O Japão investiu milhões em incineradoras de resíduos no sistema de gasificação por plasma.

      O plasma é o quarto estado da matéria, similar a um gás cujo o interior as partículas passam a ser ionizadas. A usina utiliza o plasma para gaseificar resíduos sólidos no interior do reator e produzir biogás gerando energia. Transformando o lixo em energia. Mas tudo isso só funciona se o lixo for separado corretamente. O projeto tem um custo altíssimo, além de alguns outros pontos negativo, mas a longo prazo promete ser compensador.

      O outro tipo de lixo como pets e alumínios são selecionados manualmente, compactados e embalados vendidos para empresas de reciclagem, voltando a sociedade como novos produtos.

      Através da educação, o governo japonês conscientizou a população da importância da coleta seletiva cotidiana, as crianças crescem dentro desse programa e o coletivo passou a entender que as cidades são extensão dos quintais de suas casas.

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      Até semana que vem!

      Sayonara

      Tags : aterros, biogás, cartilha, coleta, coleta seletiva, coletivo, conscientização, descartar, educação, energia, entulho, garrafa pet, gás, gasificação, imobiliária, incineradora, íon, isopor, Japão, japoneses, limpeza, lixeira, lixo, locatário, mobília, multam, óleo de cozinha, papelão, partículas, penalidade, plasma, poluição, população, prefeitura, reator, reciclagem, reciclável, resíduos, reutilização, rios, ruas, sacos plásticos, tetrapak, tratamento de água, usina
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      Brasileira filha de pai japonês e mãe gaúcha. Entre idas e vindas sua história com o Japão já dura 12 anos. Atualmente está há 7 anos seguidos em terras nipônicas, onde vive com sua família e trabalha. Vai trazer toda semana novidades e histórias do seu cotidiano.

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