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      Márcia Sakumoto: Cheguei totalmente analfabeta no Japão

      Márcia SakumotoMárcia Sakumoto
      junho 30, 2019
      Japão, Variedades
      1 Comentário
      4
      Márcia Sakumoto: Cheguei totalmente analfabeta no Japão

      Os meus primeiros dias no Japão foram mixes de Uauuu que incrível com Vixiii, e agora? Rsrsrsrs… De verdade, eu cheguei totalmente analfabeta no Japão, sim cheguei nesse Japão e não consegui ler nenhuma placa depois que sai do aeroporto, e a história só foi complicando, no supermercado, na farmácia, comprando um produto que você não consegue ler nada da descrição no rótulo, no médico impossível preencher o questionário, enfim até me perdi na primeira semana porque as placas das ruas são verticais coladas nos postes e os números são em kanjis, pensa no sufoco!!!

      Hoje, muitas coisas estão mais fáceis, mas a escrita japonesa continua a mesma…

      Vamos falar desse símbolo nipônico. Quem não conhece alguém que já não tenha se dado mal por tatuar um símbolo japonês, que dizia outro significado?

      Diferente do português que utiliza somente o alfabeto romano, na escrita japonesa utilizamos três alfabetos, melhor dizer silabário? Bem, vou explicar melhor mais lá na frente.

      O hiragana, o katakana e o Kanji são usados para ler e escrever no Japão. Por todo lugar que olhamos eles estão lá para nos apavorar. Principalmente quando você é uma estrangeira está em um restaurante com muita fome e com um cardápio ilegível nas mãos. Costumo dizer que somos analfabetos no Japão e confesso que quando consegui ler uma palavra foi uma imensa felicidade. Quando iniciamos o aprendizado o despertar para o entendimento é fascinante, abre-se um mundo novo e tudo fica mais admirável.

      No japonês o alfabeto romano é chamado de romaji, mas ele é bem menos usado que as escritas orientais. Inclusive o japonês tem bastante dificuldade de ler e escrever o romaji.

      Vamos começar pelo hiragana(ひらがな)esse silabário todo tem 46 letras que refere – se a sílaba, com exceção das vogais A I U E O e da consoante N que permanecem sozinhas.

      OPS!! Não se assustem, essa é a ordem das vogais aqui, diferente do Brasil A E I O U.

      Iniciar com o hiragana torna o aprendizado mais fácil, podemos escrever qualquer palavra japonesa com o hiragana. As crianças utilizam bastante essa escrita até aprenderem os kanjis.

      A escrita da letra hiragana é mais curvada, arredondada assim como as palavras abaixo:

      Sushi(すし), Força (tikaraちから) , Carro (kurumaくるま), kimono(きもの).

      Na sequência aprendemos o katakana (カタカナ)usado para escrever palavras estrangeiras, com linhas mais retas utilizando 46 letras igual o hiragana, observe os exemplos abaixo:

      Márcia (marushiaマルシア) Coala(Coaraコアラ)

      Brasil(burajiruブラジル)Pão (panパソ).

      Vamos perceber que tudo é fonética, pois não se usa todas as letras do alfabeto romano no japonês, não temos a letra C,Ci, L, LH, NH. A fonética do L é R, sendo assim Luana fica RUANA, e do C é SH+vogal, Ci é Shi. Meu nome tem o R sozinho ele ganha U assim como outra letra qualquer do alfabeto, para tornar a sílaba Ru, e como falei anteriormente as Vogais e o N podem ficar sozinhos portanto o A no final do meu nome não precisa acompanhante resultando em MARUSHIA .

      Os Kanjis são familiarizados com o ocidente, aparecem em camisetas, tatuagens, filmes como representante do Japão. Esses são difíceis, de origem chinesa existem a mais de 3,5 milhões de anos. Antigamente o Japão não possuía escrita, os monges japoneses precisavam aprender a prática budista através de livros escritos em kanjis e com o tempo utilizaram caracteres chineses para configurar a escrita japonesa. Kanjis são símbolos que correspondem a uma ideia, muitas vezes uma palavra inteira, assimilando seu significado a figuras.

      Para sermos considerados alfabetizados no Japão precisamos saber 2 mil kanjis de 50 mil existentes. Por isso é comum nos deparamos com kanjis que nem nativos conseguem saber. Meu sobrenome é um desses. Através dos documentos de registros da minha família aqui, aprendi escrever o meu sobrenome em kanji, e sempre tenho que escrever, pois nenhum japonês identifica.

      A escrita japonesa realmente é um desenho, os traços são numerados e ordenados em sequência, os livros na maioria são escritos de forma tradicional no estilo chamado de Tategaki, vertical da direita para esquerda, de cima para baixo. O estilo ocidental da esquerda para direita na horizontal é chamado de Yokogaki, nos mangás costumam misturar os dois estilos.

      Os japonese são ótimos leitores, quando estamos nos trens, consultórios, parques enfim a maioria tem um livro na mão, muitos livros são lançados na versão pocket para carregar no bolso, desde pequenos são incentivados a emprestar livros das bibliotecas seja nas das escolas ou nas municipais. É comum eu ver no consultório crianças sentadas entretidas com livros enquanto a mães estão na cadeira do dentista terminando seu tratamento. Há uma gama de livros didáticos e divertidos, no ano passado eu conheci um livro para crianças do ensino fundamental, bastante curioso. Criado para as crianças mudarem o conceito de que estudar é chato. O bom humor é sempre uma boa alternativa, e a maneira encontrada para incentivar as crianças a estudarem sorrindo foi a inspiração do autor criado o UNKOHONN (うんこほん)o livro COCÔ tradução literária. Através desse assunto o autor ensina com diversão para as crianças hiragana, katakana, kanjis e matemática. Superou 1 milhão de cópias vendidas, as crianças estudam com o Eu gosto de cocô, porquê é divertido, e é mesmo. O livro é bem engraçado e realmente fácil de aprender. Um mascote em forma de cocô representa o livro incluso nas redes sociais com fotos divertidas que mostram vários lugares do Japão.

      Essa foi mais uma curiosidade nipônica para vocês.

      Gostou, compartilhe com seus familiares e amigos, deixe seu comentário e aquela curtida.

      Vem me encontrar também nas minhas redes sociais te espero lá.

      Beijos , Sayonara!

      Tags : alfabeto, analfabeta, analfabeto, aprendizado, budismo, escrever, escrita, estrangeiro, fonética, Japão, japonês, ler, livros, monges, placa, significado, símbolo nipônico
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      Márcia Sakumoto

      Márcia Sakumoto

      Brasileira filha de pai japonês e mãe gaúcha. Entre idas e vindas sua história com o Japão já dura 12 anos. Atualmente está há 7 anos seguidos em terras nipônicas, onde vive com sua família e trabalha. Vai trazer toda semana novidades e histórias do seu cotidiano.

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      Comentário ( 1 )

      1. ResponderKurumim Grande
        30 de março de 2020 at 06:26

        Depois de tantos anos, como anda com o idioma?

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