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      Fe Bedran: Set Dressing – A Comunidade no Horário Nobre

      Fernanda BedranFernanda Bedran
      julho 14, 2018
      Arte, Variedades
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      2
      Fe Bedran: Set Dressing – A Comunidade no Horário Nobre

      Diretamente oposto ao que vimos na última coluna,  que dissertou sobre cenários “clean” e minimalistas, hoje abordaremos os interiores de casas de comunidades, sempre exaltadas no horário nobre.

       

      A dificuldade encontrada é retratar a realidade com o mínimo de licença poética possível, muitas vezes abraçada pela produção folhetinesca. Para isto, os Departamentos de Cenografia, Produção de Arte e Figurino realizam pesquisas in loco, visitando casas e estabelecimentos de comunidades, acompanhados da equipe de Produção, Direção e Segurança, durante os meses de pré-produção da novela.

       

      O resultado deste verdadeiro laboratório pode ser visto no realismo dos cenários construídos em estúdio e em cidades cenográficas (que entrarão em outro capítulo).

      Interior da Casa de Morena (Nanda Costa) e Lucimar (Dira Paes) construído em estúdio para a novela “Salve Jorge”em 2013.

      A casa de Lucimar (Dira Paes) e Morena (Nanda Costa), por exemplo, inspirada em uma moradia do Morro do Alemão no Rio de Janeiro para a novela “Salve Jorge” (2013), refletia exatamente a vida penosa e conturbada de uma mãe tentando criar um filho sozinha com ajuda da “avó”, na busca de emprego e do sonho de morar fora do Brasil. Uma abundância de objetos acumulados pelos cômodos retratava a falta do tempo para manter a casa em ordem, enquanto ao mesmo tempo reproduzia a mente confusa das personagens, perdidas em seus pensamentos e rotina de vida.

       

      A decoração reportava uma mistura de estilos que teria sido muitas vezes feitas por móveis e enfeites herdados ou recebidos como presente. Plantas verdadeiras, entre as tradicionais “Espada de São Jorge” e “Comigo Ninguém Pode”, misturadas a flores artificiais e estampas coloridas traziam alegria ao ambiente.

       

      O telespectador mais atento conseguia identificar os indicadores das dificuldades financeiras enfrentadas pelas personagens: paredes não pintadas com o cimento à mostra, muitas vezes faltando até o reboco com os tijolos aparentes. Entre a cozinha e a sala, escondido por um espelho redondo, ficava um buraco feito na parede, provavelmente resultado do conserto de algum vazamento no encanamento ou infiltração (slides 2 e 3).

      Casa de Regina (Camila Pitanga), “Babilônia”, 2015.

      Muitas das mesmas características podiam ser vistas no cenário de Regina (Camila Pitanga) na novela “Babilônia” em 2015. O tijolo substituía a madeira na estante que dividia a sala e a cozinha. Interruptores e tomadas sem tampas e instalações elétricas aparentes se misturavam aos enfeites dos ambientes. As economias da família eram investidas na compra de uma bom aparelho de tv e aparelhagem de som.

      Casa de Delzuíte  (Solange Badim) e Lurdinha (Bruna Marquezine). “Salve Jorge”, 2013.

      Já a casa de Delzuíte (Solange Badim), também no Morro do Alemão da novela “Salve Jorge”, era mais solar e colorida. Costureira de mão cheia, a personagem se empenhou na forração de almofadas, sofás, paninhos de crochê, bolsas artesanais, flores de tecido e até luminárias feitas à mão com fuxico. Para receber as visitas, o cantinho da costura era improvisado com uma bela mesa com guloseimas.

      A fachada da Casa de Morena (Nanda Costa) no estúdio de “Salve Jorge”, 2015

      Não poderia deixar de compartilhar o exterior e a fachada realista da Casa de Morena, feitos em estúdio, correspondendo à fachada existente na Cidade Cenográfica. Apesar de não ser utilizada para a gravação de cenas, esta área de exterior trazia realismo aos chamados “vazamentos” de janelas dos cenários, e à entrada e saída dos personagens pelas portas principais da sala e cozinha. Ao redor, muros totalmente “dressados” por lixeiras, panfletagem, bicicletas, varais, antenas parabólicas, vasos de plantas diversos, postes repletos de fiação e caixas d’água compunham a ambientação exatamente como na Cidade Cenográfica do Alemão, construída a poucos quilômetros do Estúdio.

       

      Quem disse que não dava trabalho?

       

      CRÉDITOS E FICHAS TÉCNICAS

       

      BABILÔNIA , 2015

       

      Cenografia
      Fabio Rangel
      Paulo Renato
      Claudio Duque
      Kaká Monteiro

       

      Cenógrafos assistentes
      Claudia Affonso
      Carlos Motta
      Bruno Freitas
      Mariana Pagani
      Mariana Tenório
      Sylvia Barroso
      Gilmar Ventura
      Silvana Machado
      Cristina Crizel
      Carlos Possinhas
      Beatrice Guedes
      Ana Aline de Lima

       

      Produção de arte
      Nininha Médicis

       

      Produção de arte assistente
      Mariana Barros
      Danielle Oliveira
      Andrea Chuairi
      Carmen Burguer
      Fabiana Seixas
      Thais Queiroz

       

      =======================================================================

       

      SALVE JORGE, 2013 

       

      Cenografia
      Mário Monteiro

      Juliana Carneiro

      Maurício Rohlfs

      Erika Lovisi

       

      Cenógrafos Assistentes
      Adriana Romero

      Carlos Possinhas

      Gustavo Postalli

      Jaqueline Guerra

      José Roberto Vilar

      Katia Florêncio

      Liane Uderman

      Vânia Britto

      Gilmar Ventura

      Cláudio Duque

      João Cardoso

       

      Produção de Arte
      Fernanda Bedran

      Ana Maria Magalhães

       

      Produção de Arte Assistente
      Rita Vinagre

      Ingrid Coutinho

      Andréa Chuairi

      Flávia Garrido

      Valerie Reis

      Yasmin Tortori

      Camila Pinho

      Fernanda Martins Costa

      Tereza Cesconetto

      Andréia Monteiro

      Tags : arte, artesanal, Babilônia, cenário, cenas, cenografia, cidade cenográfica, comunidade, decoração, estúdio, figurino, folhetim, gravação, minimalista, Morro do Alemão, novela, personagens, produção de arte, realismo, Salve Jorge, telespectador, televisão
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      Fernanda Bedran

      Profissional de Cinema e Televisão, formada pela Boston University College of Communications em Broadcasting and Film. Com uma vasta experiência na área, passou os últimos 17 anos trabalhando como Produtora de Arte na TV Globo, desenvolvendo suas atividades tanto em Novelas e Seriados, como em Programas de Variedades (Caminho das Índias, Salve Jorge, Araguaia, Chocolate com Pimenta, Caldeirão do Huck, Malhação, Tamanho Família, Adnight, entre outros). Atualmente, trabalha independentemente em projetos culturais e na área de entretenimento. De natureza investigativa e curiosa, compartilha também a coluna sobre a nossa complexa e labiríntica língua portuguesa.

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