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      Fe Bedran: Rendas em Festa – Adereço nas novelas regionais-Parte2

      Fernanda BedranFernanda Bedran
      janeiro 20, 2018
      Arte, Variedades
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      2
      Fe Bedran: Rendas em Festa – Adereço nas novelas regionais-Parte2

      Olê muié rendera

      Olê muié rendá

      Tu me ensina a fazê renda

      Que eu te ensino a namorá…

      O ofício de rendeira permite um mergulho no íntimo feminino. As rendeiras “são mulheres que tecem o dia a dia com finos fios … E o fio que conecta essas mulheres, entre gerações de uma mesma família, é que parece torná-las o que são: mulheres que lutam bravamente e que, ao mesmo tempo, desempenham um ofício minucioso e delicado. Com paciência e maestria, seguem fazendo a renda da mesma forma que outras muitas gerações de mulheres de sua família já faziam, mas revisitam e atualizam as formas e os pontos de hoje. Deste modo estão, ao mesmo tempo, com um pé no passado e outro no presente” (Jefferson Duarte, Rendeiras, as mulheres que tecem o dia a dia com finos fios, 2011).

      E esta passagem da tradição familiar do tecer e fiar se repetiu também em “Velho Chico” no núcleo dos Dos Anjos, onde Isabel (Raysa Alcântara) decide aprender o ofício de sua avó Piedade (Zezita Matos), e se interessa pelos bilros. Isabel dá um passo à frente e incorpora a renda a vestidos e figurinos, não se limitando somente aos paninhos e toalhas tradicionais. Juntamente com a francesa Sophie (Yara Charry), avó e neta montam e fundam a Associação das Rendeiras (Casa das Rendeiras) de Grotas e passam a vender para todo o Brasil e internacionalmente através do site e rede social que criaram na internet.

      Isabel (Raysa Alcântara) à frente da “Casa das Rendeiras” na Cidade Cenográfica de “Velho Chico”, 2016.

      Montar o cenário da Associação das Rendeiras foi um presente para a Produção de Arte e para a Cenografia de “Velho Chico”, 2016. Os departamentos brincaram com as texturas das rendas, que figuravam por toda a parte do cenário: tecidos rendados presos a bastidores de costura emolduravam as paredes do casarão e forravam um biombo no hall de entrada; rendas encapavam luminárias, garrafas e vasos; como obras-de-arte, rendilhados ora eram enquadrados em sanduíches de vidro, expostos nas paredes, ora emprestavam sua beleza às cortiças repletas de referências de trabalho. Enfim, o cenário era uma verdadeira “Exposição de Adereços”. E para remeter à nacionalidade da personagem francesa Sophie (Yara Charry), uma das fundadoras da associação, a decoração foi amplamente pontuada pelas cores vermelha, azul e branca.

      O interior da Associação das Rendeiras de “Velho Chico”, 2016, com alguns dos detalhes descritos acima no texto, como os bastidores com tecidos rendados e as pinceladas das cores da bandeira francesa por todo o cenário. No detalhe, vemos a almofada sobre a qual ser faz a renda de bilro (hastes de madeira onde se enrolam os fios).

      Todos os ambientes do casarão da cooperativa respiravam romantismo. Além das referências francesas, que exalam visivelmente este sentimento, a própria natureza e origem da renda é romântica. Reza a lenda que o primeiro rendado teria surgido das mãos trabalhadeiras de uma donzela apaixonada, sofrendo de saudade do seu amado que partira para navegar os mares orientais distantes. Para preencher o tempo e solidão da espera, a dama teria tentado tecer a cópia de um coral que seu estimado havia lhe dado de presente. O resultado foi uma renda maravilhosa, fruto do amor e da esperança, misturados a retalhos de melancolia e saudade.

      E por falar em amor, para o cenário da associação foi feito um desenho de coração humano com recortes de acetato, rendas e outros materiais do nordeste brasileiro, representando o poder apaixonante da criação através de referências regionais e artesanais.

      Em um fundo vermelho ficava o “coração” do cenário. As texturas das paredes, cobertas de referências, retalhos, tecidos, fitas e rendados eram um convite ao toque; um cenário para ser explorado pelos olhos e pelo tato. – Encantador também era o lindo móbile de roupinhas de papel penduradas em um bastidor de bordado. Cada roupinha resumia-se na miniatura de um figurino da personagem Sophie (Yara Charry), com todos os seus detalhes.

      Deixando o lindo mundo do ateliê rendeiro para trás, aproveitamos esta coluna para também dissertar sobre a utilização do adereço na decoração das festas e eventos regionais. Não nos aprofundaremos tanto, pois já foram reservadas inúmeras colunas ao tópico “Eventos” a ser abordado no futuro.

      Hoje, mostraremos como um simples adereço é eficaz na sua tradução da “Festa” ou “Comemoração”.

      Para a celebração do retorno de Santo dos Anjos (Domingos Montagner) à presidência da Cooperativa “Agrogrotas”, a praça principal da cidade e o Bar de Chico Criatura (Gésio Amadeu) foram inteiramente enfeitados com bandeirinhas de tecido e flores de papel unidas por fitas de cetim.

      As comemorações se estenderam noite adentro, com o forró esquentando o piso do Bar do Chico Criatura (Gésio Amadeu). A decoração da cidade se repetiu no interior do bar. Delicadas flores de papel de seda nas cores rosa, branca e amarela, estavam por toda a parte, ora sozinhas, ora unidas por fitas de cetim, ou amarradas a colunas e postes, ou formando cortinas com várias fitas e flores penduradas verticalmente.

      Flores e pompons de papel, juntamente com bandeirinhas dos mais diversos materiais, são sempre uma solução prática, eficiente e econômica para decorar grandes espaços.

      A novela “Velho Chico” é um verdadeiro baú de tesouros dos adereços. Esta foi só uma pequena introdução.

      Na semana que vem, abordaremos um outro setor desta produção artesanal. Imperdível!

      Tags : adereço, arte, artesanal, bilros, cenário, cenografia, cetim, costura, decoração, festas, figurinos, fitas, flores, obras de arte, ofício, produção de arte, referência, regional, rendas, rendeira, romantismo, seda, tecidos, televisão, tesouros, texturas, tradição, Velo Chico, vestidos
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      Fernanda Bedran

      Fernanda Bedran

      Profissional de Cinema e Televisão, formada pela Boston University College of Communications em Broadcasting and Film. Com uma vasta experiência na área, passou os últimos 17 anos trabalhando como Produtora de Arte na TV Globo, desenvolvendo suas atividades tanto em Novelas e Seriados, como em Programas de Variedades (Caminho das Índias, Salve Jorge, Araguaia, Chocolate com Pimenta, Caldeirão do Huck, Malhação, Tamanho Família, Adnight, entre outros). Atualmente, trabalha independentemente em projetos culturais e na área de entretenimento. De natureza investigativa e curiosa, compartilha também a coluna sobre a nossa complexa e labiríntica língua portuguesa.

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