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      Fe Bedran: A Produção de Arte na prática -parte 2

      Fernanda BedranFernanda Bedran
      março 10, 2018
      Arte, Variedades
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      1
      Fe Bedran: A Produção de Arte na prática -parte 2

      Há duas semanas explicamos o que é Direção e Produção de Arte para Televisão e como se inicia o processo de produção de uma novela ou minissérie. Vimos que o princípio de tudo é a sinopse entregue pelo autor do produto para todos os Departamentos de Produção (Arte, Figurino, Cenografia, Caracterização, Efeitos e Produção). Estes departamentos reúnem suas referências e pesquisas, as quais são apresentadas e discutidas com o Diretor do projeto, para que juntos desenvolvam todo o conceito e espírito da história a ser contada na telinha.

      É também através da sinopse que os departamentos conseguem chegar a uma estimativa aproximada de custos e gastos, podendo, então, apresentar um orçamento ao Diretor de Produção, cargo que fica encarregado de toda a alocação da verba do produto.

      Finalmente chegam os primeiros capítulos. Com estas importantes fontes de informação à mão, cada departamento faz um trabalho que na televisão chamamos de decupagem. Esta palavra vem do francês découpage, derivada do verbo découper, que significa “recortar” ou “cortar em pedaços”.

      Para a Direção, o trabalho de decupagem significa a divisão do planejamento de uma filmagem ou gravação em planos e cortes. O Diretor estuda o texto no papel pensando nas posições e movimentações de câmera, na parte do cenário a ser enquadrada, no posicionamento e na interpretação dramática dos atores, no uso dos objetos em cena, entre outros detalhes.

      O Figurino, por sua vez, estuda o texto pensando na indumentária dos personagens e da figuração de acordo com a ocasião, hora cênica, localidade, época idade, nível social, escolaridade, temperamento, personalidade, moda, meteorologia entre outros fatores variáveis nas cenas. Este é o seu trabalho de decupagem. Através deste estudo, o Figurinista consegue montar o “guarda-roupa” do personagem/ ator.

      A Cenografia, por sua vez, analisa o texto do autor pensando nas possibilidades de construção de cenário , de estúdio ou de utilização de locações já existentes* (juntamente com a Direção e Produção); no tipo de cenário de acordo com a época, região, nível social, personalidade, função e profissão do personagem; na divisão de ambientes dos cenários (salas, quartos, cozinha, banheiros, etc); nas possibilidades de enquadramento e posicionamento da câmera (fundos falsos, com ou sem teto, quartas paredes, etc.); nas necessidades do Diretor de Fotografia (fontes de luz aparentes como janelas, lustres e luminárias, ou a escolha das cores e texturas); para mais tarde pensar em um dressing mais detalhado (móveis, quadros, cortinas, tapetes, etc.). Depois de planejados todos os principais cenários, o texto é esmiuçado para se destacarem as marcações de cena de cenografia, ou seja, a movimentação ou uso de peças cenográficas pelos atores em cena: o arrombamento de uma porta para um socorro de emergência; uma cômoda que precise ter chave para o personagem guardar seu bilhete secreto; ou um berço, caso o casal adote uma criança, entre outros exemplos.

      E a Produção de Arte? Bem, este talvez seja o trabalho de decupagem mais minucioso, pois os detalhes e fatores são inúmeros.

      Para começar, o Produtor de Arte pensa primeiro no cenário estático, ou seja, no dressing ou na decoração do mesmo. Acompanhando as escolhas da ornamentação já feita pela cenografia, a Arte complementa o trabalho do cenógrafo, quase que colocando a “cereja no bolo”. Deste modo, o Prod. de Arte acrescenta porta-retratos com fotos dos personagens (muitas vezes produzidas por foto-montagens ou tiradas especialmente para o cenário;) coleções de objetos específicos de acordo com o texto; plantas ornamentais e arranjos de flores; aparelhos de telefone, de som, computadores e em alguns casos televisores (em algumas produções, a cenografia fica responsável pelos aparelhos de TV), roupas de cama e toalhas de mesa; paninhos de crochê e de prato; móbiles e brinquedos de criança; conjuntos de mesa para escritório, livros, revistas, cadernos e agendas; santos e oratórios; e mais qualquer outro detalhe que puder complementar a cenografia de acordo com o perfil e visão traçados pela Direção. Estes foram somente alguns exemplos.

      Estes itens, geralmente são chamados de “material de cena fixo” do cenário. Estão sempre presentes, não importa a ocasião da cena.

      A partir de então, analisam-se os objetos de cena pontuais do cenário, ou seja, aqueles escritos (ou não) pelo autor para determinados acontecimentos ou ocasiões. São os famosos props no cinema americano (qualquer item manuseado por atores no teatro, na televisão ou no cinema; tudo aquilo que é portátil e móvel em um set ou palco.) Atentem que existem também aqueles objetos ocultos, como uma elipse no texto, mas que são importantíssimos para a composição cênica.

      Vamos a um exemplo prático, analisando os objetos de cena do simples trecho baixo:

      Vamos à uma lista inicial do material ou objetos de cena:

      – chaves da casa de Mariana com chaveiro do personagem

      – chaves na porta da casa (internas) + chaveiro

      – Lívia veio da escola? Material escolar de Lívia (mochila, fichário, cadernos)

      – Mariana estava na padaria na cena anterior (antes de buscar Lívia na escola): sacola de compras plástica da padaria da cidade cenográfica; logomarca fictícia de rede de supermercados; compras para o interior da sacola cenografadas – pote de geleia, caixa de cereal, caixa de leite, pão de forma, pote de requeijão, caixa de suco).

      – Celular de Roberto com tela produzida de telefone ligando

      – Fone de ouvido de Roberto por ali (poderia estar ouvindo antes de ligar para Laura)

      – Copo d’água que Roberto poderia ter bebido enquanto estava na sala.

      Ficou mais claro? E esta foi uma cena simples! São tantos itens que algumas emissoras de televisão até possuem um sistema informatizado em rede para que os Produtores de Arte organizem suas decupagens de acordo com os dias de gravação. Lembrem-se que as cenas não são gravadas em uma ordem cronológica, o que dificulta ainda mais o processo. Na semana que vem, examinaremos todos estes itens pormenorizadamente. A coluna estará imperdível! Até lá!

      ——————————————–

      * Estúdio e Locação. O primeiro é aquele em que se constrói um cenário ou um ambiente, em um grande local fechado, em geral um galpão ou estúdio de grandes proporções. O segundo são localidades pré-existentes, casas, apartamentos, ruas, estradas, praia, etc…, ambientes naturais nos quais a cenografia tem apenas que acrescentar a decoração. A vantagem do primeiro é o controle total sobre a luz, ausência de ruídos externos, não dependência da previsão do tempo e a disponibilidade do espaço por longos períodos de tempo. A vantagem do segundo é simplesmente não precisar construir cenários, mas geralmente há uma taxa de aluguel pelo uso da locação escolhida, caso não seja pública. SALLES, FILIPE. “Como se Faz Cinema?”, disponível em >http://www.mnemocine.com.br/index.php/cinema-categoria/28-tecnica/154-fazercinema1 >. Acesso em 1 de março de 2018.

      Tags : arte, atores, autor, câmera, capítulos, caracterização, cena, cenário, cenografia, decupagem, detalhe, direção, efeitos, estúdio, figuração, figurino, filmagem, fotografia, gravação, interpretação, locações, logomarca, minissérie, novela, personagens, produção, produção de arte, set, sinopse, televisão
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      Profissional de Cinema e Televisão, formada pela Boston University College of Communications em Broadcasting and Film. Com uma vasta experiência na área, passou os últimos 17 anos trabalhando como Produtora de Arte na TV Globo, desenvolvendo suas atividades tanto em Novelas e Seriados, como em Programas de Variedades (Caminho das Índias, Salve Jorge, Araguaia, Chocolate com Pimenta, Caldeirão do Huck, Malhação, Tamanho Família, Adnight, entre outros). Atualmente, trabalha independentemente em projetos culturais e na área de entretenimento. De natureza investigativa e curiosa, compartilha também a coluna sobre a nossa complexa e labiríntica língua portuguesa.

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