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      Fe Bedran: A Cidade Cenográfica – Adereço – Obra-de-Arte

      Fernanda BedranFernanda Bedran
      setembro 28, 2017
      Arte, Variedades
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      2
      Fe Bedran: A Cidade Cenográfica – Adereço – Obra-de-Arte

      Há aproximadamente 10 colunas atrás, começamos a dissertar sobre o Adereço na Produção de Arte, Cenografia e Figurino. Vimos como são feitos os produtos cenográficos, rótulos, embalagens, sacolas e papelaria. Também aprendemos sobre a diversidade do papel, tanto em dobradura, objeto, como em instalação cenográfica. Observamos o Adereço como elemento cênico principal e depois o vimos se expandir e se transformar no próprio cenário, dominante.

      Hoje, iremos além. Hoje, o Adereço é a própria Cidade Cenográfica de uma novela, e ao mesmo tempo, uma obra-de-arte, uma instalação artística. E esta Cidade-Cenário é o personagem principal da trama; um ser vivo que respira e está em constante mutação. Hoje, falaremos sobre pedaços de “Um Pedacinho de Chão”.

      O conceito de “obra-de-arte” seria um produto que transmite uma ideia ou uma expressão sensível, um estímulo dos sentidos. Trata-se da criação que projeta ou reflete a intenção de um artista, construindo sua visão crítica do mundo. Some-se isto à Cenografia e à Produção de Arte, que também transformam as percepções do telespectador, propondo e inovando conceitos estéticos, e temos um resultado arrebatador: um Cenário-Obra-de-Arte. Lembrando, são as mãos e mentes competentes de artistas, artesãos, aderecistas, cenógrafos, figurinistas e produtores de arte que possibilitam que este Cenário-Arte se torne realidade.

      No caso do “Pedacinho”, esta equipe de Criação trabalhou totalmente integrada, com cada departamento contagiando o outro com sua criatividade. Um galpão/ateliê serviu de ambiente comum de trabalho e muito contribuiu para esta integração. Este trabalho coletivo originou uma “Cidade-Cenário-de-Arte” nunca antes vista na história da dramaturgia televisiva; um conto de fadas inédito, uma fábula atemporal, um mundo lúdico que era brinquedo de criança e obra-de-arte ao mesmo tempo. “Toda a cidade cenográfica serviu como suporte a uma gigantesca instalação artística, imprimindo um lirismo singular à estética da cena. Enquadramentos, movimentação e até mesmo a interpretação dos atores eram profundamente impregnados desse lirismo de fábula onírica, trazido pela contextualização e ressignificação de todo o tipo de objeto. Latas, adereços, esculturas em fibra de vidro e dispositivos mecânicos, que levaram o telespectador a viajar por um caminho pouco visto na TV”, (Edward Monteiro, Cenografia e Artes Visuais, 2015).

      Slides 1, 2 e 3: Algumas Casas e Edificações da Cidade Cenográfica de “Meu Pedacinho de Chão”, 2014.

      Primeiramente, as 28 construções da cidade cenográfica de aproximadamente 7 mil metros quadrados foram todas cobertas por latas de tintas recicladas, a pedido do diretor Luiz Fernando Carvalho para remeter aos brinquedos de lata do século XIX. Esta técnica foi criada pelo artista plástico Raimundo Rodrigues, que a batizou de Latifúndio Materializado”.

      Foram vinte toneladas de latas de tinta recicladas. As latas foram abertas, cortadas, amassadas, pregadas e tingidas. Cada parte do cenário foi minuciosamente pensada artisticamente, em concordância com o arquétipo e a personalidade de cada personagem. Nenhuma construção é igual a outra.

      Slides 4 e 5: Os “Latifúndios” de Raimundo Rodrigues: latas recicladas e harmonizadas como revestimento de toda a Cidade Cenográfica de “Meu Pedacinho de Chão”, 2014.

      A Cenografia, Figurino e Produção de Arte não tinham compromisso com a realidade, proporções ou estilo arquitetônico. As casas foram inspiradas em construções russas, siberianas e hispânicas, coloridas e alegres. A ideia do diretor era abusar das cores e texturas, e criar uma fábula, lidando com a imaginação e remetendo ao universo da infância; uma mistura de desenho animado, da cultura pop da história em quadrinhos, do Impressionismo de Monet e Van Gogh às operetas do século XIX. Uma história de brinquedo.

      Este mundo lírico e colorido começa pelas mais de 820 mil flores artificiais colocadas manualmente uma a uma por toda a cidade cenográfica. Um verdadeiro jardim de Giverny.

      Slides 6 e 7: O colorido das centenas de milhares de flores e folhagens artificiais de “Meu Pedacinho de Chão”, 2014.

      Para que se harmonizassem com esse mundo lírico, lúdico e toy-art da novela, todas as 47 árvores da cidade cenográfica foram coloridas com peças de crochê, permitindo que continuassem a respirar (pintá-las seria extremamente nocivo). O delicado trabalho de forração das árvores durou aproximadamente 10 dias, contando com o auxílio de andaimes e plataformas aéreas de elevação motorizadas. Foram utilizadas 14.940 peças de crochê de diferentes tamanhos, confeccionadas e aplicadas por um instituto da cidade de Inconfidentes, no sul de Minas Gerais.

      Slides 8,9 e 10: As árvores coloridas por peças de crochê. “Meu Pedacinho de Chão”, 2014.

      Para completar, oito grandes telões pintados a mão, correspondendo a 3.200 metros quadrados, emolduravam a cidade.

      Slides 11, 12, 13, 14: Alguns dos telões pintados à mão que cercavam a cidade cenográfica de “Meu Pedacinho de Chão”, 2014.

      As telas de lona crua de algodão foram pintadas durante 45 dias sob o sol escaldante do verão carioca. Todas dão a ideia de continuidade do cenário real, fazendo com que o universo de “Meu Pedacinho de Chão” se tornasse infinito.

      E infinitas são as características deste folhetim encantador que, infelizmente, não cabem em uma só coluna. Na semana que vem, continuaremos a contemplar mais faces e fragmentos da sua beleza artística e artesanal. Até lá!

       

      *Referências:

      _______________________________________________________________________________________

      1. Vestindo a Cena. vestindoacena.com/o-mundo-encantado-de-meu-pedacinho-de-chao/
      2. Memória Globo. memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/novelas/meu-pedacinho-de-chao-2014/meu-pedacinho-de-chao-2014-cenografia-e-arte.htm
      3. Portal Sete Artes. portalseteartes.blogspot.com.br/2014/05/meu-pedacinho-de-chao-muito-mais-que-um.htm.
      4. Artistas plásticos e cenógrafos chamam a atenção com o sofisticado visual de ‘Meu pedacinho de chão’ http://www.uai.com.br/ . Autor: Ana Clara Brant
      5. Cenografia e Artes Visuais. Artes Provisórias. https://artistaprovisorio.wordpress.com/2015/06/01/cenografia-e-artes-visuais
      Tags : adereço, arquitetura, arte, artesãos, artista, brinquedos, cenário, cenografia, cidade cenográfica, construções, criatividade, crochê, dramaturgia, equipe de criação, fábula, figurino, imaginação, infância, lirismo, lúdico, novela, obra de arte, papelaria, personagem, produção de arte, sentidos, telespectador, tinta, toy art, trama, Um Pedacinho de Chão
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      Fernanda Bedran

      Profissional de Cinema e Televisão, formada pela Boston University College of Communications em Broadcasting and Film. Com uma vasta experiência na área, passou os últimos 17 anos trabalhando como Produtora de Arte na TV Globo, desenvolvendo suas atividades tanto em Novelas e Seriados, como em Programas de Variedades (Caminho das Índias, Salve Jorge, Araguaia, Chocolate com Pimenta, Caldeirão do Huck, Malhação, Tamanho Família, Adnight, entre outros). Atualmente, trabalha independentemente em projetos culturais e na área de entretenimento. De natureza investigativa e curiosa, compartilha também a coluna sobre a nossa complexa e labiríntica língua portuguesa.

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