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      Crítica: Wilson (2017)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      junho 16, 2017
      Cinema
      1 Comentário
      4
      Crítica: Wilson (2017)

      Dia desses, circulando pelo metrô de São Paulo, voltei a notar o que todo mundo já reparou em algum momento: as pessoas já não conversam mais. Numa profusão de celulares, Kindles, e alguns poucos jornais e livros, o contato humano casual virou coisa do passado, infelizmente. É nesta tecla que o inusitado protagonista desta comédia Wilson (EUA, 2017) bate bastante, já que ele próprio se considera uma “pessoa do povo”.

      De fato, Wilson (Woody Harrelson, mais uma vez excelente), fala bastante. O problema é que ele não tem filtro nenhum. Abordando qualquer estranho que cruze com ele nas ruas ou estabelecimentos em geral, Wilson não carrega consigo nenhum milímetro de discrição, e geralmente os assuntos por ele puxados são os mais estranhos e imprevisíveis imagináveis. Mas tal “falta de tato” tem explicação: Wilson é um solitário, que acabou de perder o pai, e cuja única companhia é uma fiel cadelinha vira-lata. Certo dia, porém, Wilson descobre sem querer o paradeiro de sua ex-mulher, Pippi (Laura Dern, ótima), a quem não vê há mais de dezessete anos, desde que ela o abandonou. Ele então parte em busca da ex-mulher, por quem ainda é apaixonado, e nesta busca, acaba descobrindo novidades ainda mais surpreendentes.

      Em minha recentes críticas sobre os filmes Ouro e War Machine, publicadas aqui mesmo no Portal do Andreoli, mencionei o quanto acompanho as carreiras de seus respectivos protagonistas, Matthew McConaughey e Brad Pitt. Assim como acompanhei desde o início a carreira destes dois grandes atores, também acompanhei desde a fase embrionária a carreira de Woody Harrelson, um de meus cinco atores favoritos dentro de meu ranking imaginário, desde sempre.

      Mesmo quando surgiu como coadjuvante do na época astro Wesley Snipes, em filmes como Homens Brancos não Sabem Enterrar (1992) e Assalto Sobre Trilhos (1995), o talento do feioso ator já captava minha atenção, e desde então, são mais de vinte anos de uma constante evolução em sua carreira, com atuações sensacionais em filmes como O Povo Contra Larry Flynt (1996) e O Mensageiro (2009), pelas quais foi indicado ao Oscar de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, respectivamente, e também na excepcional primeira temporada da série da HBO, True Detective.

      Aqui, Harrelson garante uma identidade toda própria para o personagem-título, um solitário sem-noção e boca-suja, mas que carrega consigo um coração que não cabe no peito. Mesmo com suas inconstâncias (e alguns exageros narrativos), o personagem vai aos poucos ganhando a afeição do espectador, e este processo é todo mérito de Harrelson, que este ano ainda protagonizará o aguardado Planeta dos Macacos: A Guerra, e em 2018, viverá o mentor de Han Solo no novo spin-off de Star Wars, numa prova do excelente momento de sua carreira.

      Dirigida por Craig Johnson, da ótima comédia dramática Irmãos Desastre (The Skeleton Twins, 2014), Wilson está longe de ser uma comédia perfeita. O roteiro de Daniel Clowes (do cult Ghost World: Aprendendo a Viver, 2001), baseado em sua própria graphic novel, não é nenhuma maravilha e nem mesmo carrega muita originalidade. Algumas situações não casam com a vibração do filme, o que causa um resultado final um tanto inconstante. No entanto, o filme funciona para seu personagem central, realmente uma figuraça.

      Carregando o filme nas costas, Harrelson dá vida e dimensão a seu Wilson, acertando nas sequências de humor, e em todas suas cenas com Laura Dern, que são puro ouro. A produção também carrega sutilmente um importante contexto, que fala com inteligência sobre a solidão, e a alienação causada por ela. E principalmente, de como a atual mecânica das relações humanas, obstruídas pelos celulares e outras “maravilhas” tecnológicas, contribui para este processo de “alienação por solidão”. Nunca estivemos tão próximos um do outro, e ao mesmo tempo tão sozinhos.

      Ainda assim, Wilson traz consigo uma gostosa mensagem de esperança, a de que ainda é possível ter nas interconexões do espírito humano, um alívio para as mazelas do dia-a-dia, e no caso do protagonista, também para as mazelas de um passado que nunca foi devidamente superado. Mesmo sendo construída como uma comédia um tanto rasa, há bastante a ser descoberto na produção, especialmente neste ótimo personagem criado por um ator cujo talento está muito acima do nível que até ele próprio já considerou ser possível alcançar em seu início de carreira.

      Wilson não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar diretamente ao serviço de streaming ou VOD.

      Tags : comédia, Craig Johnson, Crítica Wilson, Daniel Clowes, Graphic Novel, Laura Dern, Wilson, Wilson Review, Woody Harrelson
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentário ( 1 )

      1. ResponderRiccardo Fea
        26 de junho de 2018 at 11:58

        Perfeita a explanação completa sobre Harrelson e também sobre o filme WILSON…….
        OBRIGADO POR TODA ESSA INFORMAÇÃO COMPARTILHADA POR VOCÊ.

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