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      Tops do Kacic: Crítica – Wakefield (2017)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      dezembro 19, 2020
      Cinema
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      4
      Tops do Kacic: Crítica – Wakefield (2017)

      As exigências do mundo moderno por diversas vezes cobram seu preço das maneiras mais variadas. Este curioso drama Wakefield (EUA, 2017), baseado em um conto do escritor E.L. Doctorow (de Na Época do Ragtime), mostra esta cobrança de maneira bastante inusitada, apoiado em um protagonista original, e digamos, um tanto confuso com o propósito de sua existência e o rumo de sua vida. A famosa crise da meia-idade, só que aqui turbinada à enésima potência.

      No filme, escrito e dirigido por Robin Swicord (roteirista de Memórias de uma Gueixa), o protagonista em questão é Howard Wakefield (o sempre ótimo Bryan Cranston, o eterno Walter White da antológica série Breaking Bad), um aparentemente bem sucedido advogado, proprietário de uma bela casa nos subúrbios, marido de uma bela e dedicada esposa (interpretada pela ex-senhora Ben Affleck, Jennifer Garner), e pai de duas filhas adolescentes. Howard parece ter tudo o que um homem precisa para ser feliz, contudo, um olhar mais aprofundado revela que o casamento de Howard anda em crise, assim como as motivações dele para seguir sua carreira profissional.

      Numa noite qualquer, ao chegar em casa após um dia de trabalho, Howard, aborrecido, decide subir ao mezanino da garagem de sua casa, de onde consegue observar o movimento nos cômodos da propriedade, e acaba adormecendo lá. A questão é que, ao acordar na manhã seguinte, ao invés de entrar em sua casa e se preparar para o dia de trabalho, Howard acaba decidindo por permanecer no local, sem comunicar ninguém, nem mesmo sua esposa, numa situação que se prolonga inacreditavelmente por dias, meses, e por aí vai. E agora, mesmo que Howard decida um dia sair de seu esconderijo dentro de sua própria casa, será as coisas poderiam voltar a ser as mesmas?

      De premissa bastante interessante, Wakefield se equilibra bem entre os gêneros, funcionando como uma comédia dramática que discute temas relevantes e atuais, utilizando-se de uma roupagem narrativa bem incomum. O protagonista, que à princípio soa um tanto maluco (e talvez até seja mesmo), aos poucos invoca questionamentos significativos no espectador, que surpreendentemente, acaba se identificando com diversas colocações de Howard ao longo do filme.

      Cranston mais uma vez está impecável, e dá vida e substância à um personagem que nas mãos do intérprete errado, poderia descambar completamente. Na interpretação de Cranston, entretanto, Howard aos poucos revela-se um homem que mesmo perdido, acaba encontrando-se, e por consequência, encontra um propósito para sua existência, ainda que este tenha vindo à tona da maneira mais estranha possível. O filme também evoca um pouco a vertente do voyeurismo, já que o protagonista passa a assistir a rotina de sua família, percebendo os efeitos de sua ausência no núcleo familiar, criando uma interessante alternativa para a produção, à medida que a narrativa permite a Howard observar seu mundo, porém sem a sua presença.

      O roteiro de Swicord, como não poderia deixar de ser em uma história que aborda este tema, bate forte nas convenções de nossa sociedade cotidiana, em seus valores deturpados e na dificuldade do homem moderno em encontrar seu lugar, seu real propósito. Seja na falida instituição do casamento, quanto no âmbito profissional. E mesmo que o humor do filme nem sempre funcione, e o drama por vezes soe um pouco raso, a interpretação de Cranston e o desenvolvimento de seu personagem mais do que compensam a sessão, que entrega uma conclusão provocativa e que leva à inúmeras reflexões pós-créditos.

      Em tempos caóticos como o que vivemos hoje, este Wakefield acaba ganhando um peso extra em sua concepção, que consiste na eficiência da trama em retratar a enorme pressão imposta hoje sobre a figura do homem moderno, seja ela em qualquer esfera social, e dos efeitos, por vezes tristes e irreversíveis, que esta causa. É claro que trancar-se para sempre na garagem de casa não é um dos efeitos mais comuns, mas no cinema, ganha cores e sentidos novos e relevantes.

      Wakefield não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente em serviços de streaming e VOD.

      Tags : Bryan Cranston, cinema, comédia, Crítica Wakefield, Drama, E.L. Doctorow, Filmes, Jennifer Garner, Movie Trailer, Movies, Robin Swicord, Wakefield, Wakefield Review
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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