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      Crítica: Terra Selvagem (Wind River)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      outubro 6, 2017
      Cinema
      3 Comentários
      8
      Crítica: Terra Selvagem (Wind River)

      No ano passado, um pequeno filme simplesmente me maravilhou. Estou falando de À Qualquer Custo (Hell or High Water, cuja crítica você também confere aqui no Portal do Andreoli). Dirigida por David Mackenzie (do ótimo drama Encarcerado) e escrita de maneira magnânima por Taylor Sheridan, a produção foi merecidamente indicada ao Oscar de Melhor Filme na cerimônia deste ano. Sheridan também foi o responsável pelo roteiro do excelente Sicario: Terra de Ninguém, lançado em 2015, e com dois filmaços no currículo como roteirista, Sheridan decidiu se aventurar na direção, e o fez com este Terra Selvagem (Wind River, UK/CAN/EUA/2017), simplesmente o melhor filme que pude ver neste 2017 até agora.

      Os elogios não são gratuitos. Assim como em À Qualquer Custo, Sheridan trabalha uma narrativa relativamente simples de maneira profunda, relevante e reflexiva, que esconde seu verdadeiro punch do espectador até o momento exato de maior impacto. A trama de Terra Selvagem mostra a investigação de um assassinato, ocorrido dentro da reserva indígena de Wind River, situada na paisagem nevada do estado do Wyoming. Após descobrir o corpo da vítima em meio à neve, o experiente rastreador e guarda-florestal Cory Lambert (Jeremy Renner, ótimo mais uma vez), acaba envolvido na referida investigação, ao lado da limitada força policial local, e da inexperiente agente do FBI Jane Banner (a bela Elizabeth Olsen, da comédia Ingrid Goes West, cuja crítica você também pode conferir aqui no Portal do Andreoli). E à medida em que o rastreador se aprofunda na investigação para descobrir o assassino, ele também volta a enfrentar dores não superadas envolvendo seu próprio passado.

      Sheridan mais uma vez dá uma aula de como construir um roteiro. Mesmo seguindo a manjada cartilha do suspense investigativo, o roteirista insere elementos novos e ricos ao gênero, explorando a complexidade de seus personagens, sem se descuidar de evoluir a trama de mistério da produção. O que realmente me surpreendeu, e muito, foi a mão firme de Sheridan como diretor. A produção tem ritmo, bela fotografia à cargo de Ben Richardson (Castelo de Areia, lançado este ano e cuja crítica você também confere aqui no Portal do Andreoli), e Sheridan não decepciona nas pontuais e espetaculares sequências de ação do filme. Vale ressaltar também os excelentes efeitos de som da produção, dignos de premiação.

      Tal esmero narrativo e técnico de Terra Selvagem reflete-se no sólido elenco do filme. Renner prova mais uma vez que pode ser um protagonista de peso em qualquer produção, enquanto que Olsen se destaca surpreendentemente nas sequências de ação da produção. O filme também conta com outras duas ótimas performances, ambas de atores de veia indígena. Os veteranos Graham Greene (Maverick, À Espera de um Milagre), e Gil Birmingham, que também esteve no citado À Qualquer Custo.

      É inclusive da interação entre o personagem de Renner e do personagem de Birmingham que este Terra Selvagem tira muito de sua força e de seu significado. Assim como em À Qualquer Custo, onde o Ranger interpretado por Jeff Bridges tinha algumas conversas com os personagens de Chris Pine e o próprio Birmingham que viriam a definir o grau de real percepção da história imaginada por Sheridan, em Terra Selvagem o mesmo acontece com os citados personagens de Renner e Birmingham.

      Dois homens feridos pela vida, os personagens vão muito além de apenas discutir sobre detalhes da trama acompanhada pelo público, e discorrem de maneira até comovente sobre a perda dos valores culturais (especialmente a moribunda e marginalizada cultura indígena em território americano) e seu efeito no indivíduo, além dos efeitos devastadores do luto e da culpa. A trilha-sonora incidental é outro show à parte. Performada pelos sensacionais músicos Nick Cave e Warren Ellis (Os Invasores, Um Estado de Liberdade, cuja crítica também está disponível aqui no Portal do Andreoli), a trilha é imersiva e assombra o espectador, com sussurros indígenas e acordes fatalistas em sua composição, que não só vão de acordo com a proposta do filme, como a completam de maneira plena.

      Terra Selvagem é a confirmação absoluta do talento de Taylor Sheridan como roteirista, e agora como cineasta. Trata-se de um suspense profundo, que deixa marcas em personagens e público, os embarcando em uma jornada que se à princípio gira em torno da investigação de uma morte, aos poucos revela-se uma obra de caráter testamental, que debate a dor e o tormento dos que ficam neste plano, ainda que por um fio, cumprindo obrigações que não mais os completam como seres-humanos. Tudo isso amarrado em um produto de ação violento e de tirar o fôlego. E é por tudo isso e muito mais, que Terra Selvagem confirma-se como uma das obras-primas do cinema em 2017.

      Terra Selvagem estreia nos cinemas brasileiros no dia 02 de Novembro.

      https://www.youtube.com/watch?v=zN9PDOoLAfg

      Tags : Ben Richardson, cinema, Crítica Terra Selvagem, Elizabeth Olsen, Filmes, Gil Birmingham, Graham Greene, Jeremy Renner, Movies, Nick Cave, Taylor Sheridan, Terra Selvagem, Trailer, Warren Ellis, Wind River, Wind River Review
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentários ( 3 )

      1. ResponderIgor Giorgi
        16 de outubro de 2017 at 05:59

        Assisti hoje ao filme, realmente uma obra prima! Faço da sua crítica a minha percepção! Melhor filme de 2017.

        • Eduardo Kacic
          ResponderEduardo Kacic
          18 de outubro de 2017 at 13:39

          Realmente é um belo filme, Igor!
          Muito obrigado pela visita e pelos comments!
          Volte sempre ao Portal do Andreoli! Abraços.

      2. ResponderRoberto
        18 de dezembro de 2017 at 23:14

        Rio de Vento é um filme razoável, pois como é produzido dentro dos USA toca no assunto native american como muita sutiliza e sem maiores detalhes. É uma pena que acaba transformando-se em uma narrativa de brancos sobre situações acontecidas por pessoas da comunidade indígena, como sempre preconceituosa e superficial.

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