• Home
  • Contato
Ir para...
    Luiz Andreoli Luiz Andreoli
    • Home
    • Perfil
    • Colunistas
      • Luiz Andreoli
      • Ana Maria Lessa
      • Arthur Gimenes Prado
      • Cássio Manga
      • César Romão
      • Dayanna Paiva
      • Edson Andreoli
      • Eduardo Kacic
      • Fernando Calmon
      • Iramaia Loiola
      • João Eduardo Dmitruk
      • Jorge Lordello
      • Juliana Oliveira
      • Kacau
      • Lilian Schiavo
      • Márcia Sakumoto
      • Milena Wydra
      • Paty Santos
      • Regina Pitoscia
      • Rodrigo Donati
      • Sônia Pezzo
      • Sueli Oliveira
      • Valéria Gimenes
    • Esportes
    • Entretenimento
      • Variedades
    • Saúde
    • Gastronomia
    • Moda
    • Galeria
      • Livros
      • Fotos
    • Contato
    Ir para...

      Crítica: Skin (2018)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      julho 16, 2019
      Cinema
      1 Comentário
      5
      Crítica: Skin (2018)

      Quando se fala de cinema com temática neo-nazista, é impossível não pensar no neo-clássico A Outra História Americana (American History X), porrada dirigida por Tony Kaye em 1998. Nem adianta tentar comparar qualquer esforço anterior ou posterior ao filme com o próprio. A Outra História Americana está no raro patamar da perfeição cinematográfica, rol ao qual pouquíssimos filmes ao longo dos anos ganharam o direito de fazer parte. Tendo isso em mente, é perfeitamente possível perceber o valor deste Skin (EUA, 2018), produção obviamente inferior ao filme citado, mas ainda assim dotada de relevância e força, além de uma concepção sólida valorizada (e muito) por seu intérprete protagonista.

      O amor triunfa sobre os mais escuros recessos do ódio humano no filme do ascendente diretor e roteirista Guy Nattiv, que transforma a história verídica do racista reformado Bryon Widner em um poderoso (e um tanto sensacionalista) drama, que conta com uma feroz e destemida performance central de Jamie Bell (dos dramas Donnybrook e Rocketman, cujas críticas também estão disponíveis aqui no Portal do Andreoli). Trata-se de um conto inspirador que contra-ataca sua temática pesada, entretanto, há tanta maldade sendo mostrada em cena, que o desafio é persuadir o público de que o mesmo está disposto a passar algum tempo na companhia de seus personagens.

      Bell é puro comprometimento em sua intensa performance como Widner, um violento neo-nazista criado por supremacistas brancos e ensinado a nunca questionar sua autoridade. Suas elaboradas tatuagens faciais são um mapa de ódio; uma vez que suas atitudes refletem uma incessante fúria interna. Sua vida é uma espiral alucinante abastecida por bebida, sexo, drogas e violência. MUITA violência.

      A primeira metade do filme é a mais fraca, e Nattiv a utiliza para estabelecer o caráter destruidor de Widner e mostrar em detalhes sua sufocante vida dentro de uma comunidade de skinheads liderada por Fred (o excelente Bill Camp, da série The Night Of), e a maternal Shareen (a sempre ótima Vera Farmiga, dos recentes Godzilla: Rei dos Monstros e Annabelle 3: De Volta Para Casa, cujas críticas também estão disponíveis aqui no Portal do Andreoli). Sequências de ataques brutais contra diferentes etnias, diálogos efervescentes e sexo selvagem escancaram o modo de vida depravado destes personagens, e tudo é evidenciado de maneira tão explícita e volumosa, que em dado momento fica a impressão de que Skin não tem mais nada a oferecer em sua narrativa além de carnificina e devassidão.

      Porém, quando Widner conhece a atrevida mãe solteira Julie (uma excepcional Danielle Macdonald, de Bird Box, cuja crítica também está disponível aqui no Portal), algo começa a mudar. Julie e suas três crianças dão a Widner um vislumbre de uma vida diferente, e do homem melhor que ele pode se tornar. Nós sabemos desde o início que Widner nunca trairia sua gente, mas aos poucos o filme revela através de sequências pontuais, a remoção dolorosa das tatuagens faciais dele, o que deixa evidente a força e inflexibilidade de sua transformação.

      A jornada de redenção de Widner muda a cara do filme em seu segundo ato, tornando-o muito mais coeso e envolvente. Widner confronta todos seus conflitos internos e as ameaças externas à sua transformação, mesmo com as circunstâncias ao redor tentando convencê-lo de que se um leopardo não pode remover suas manchas, ele também não conseguiria remover as suas (numa metáfora às suas tatuagens faciais). Skin é um tanto provinciano e óbvio em seu início, dando a impressão até de ser uma produção para a televisão, mas é a belíssima natureza da história e o tamanho da montanha que Widner teve de escalar, que finalmente transformam o filme em algo digno, cativante e inspirador.

      Obs.: As experiências de Widner inspiraram também o excelente documentário “Erasing Hate“, lançado em 2011. Aconselho a quem puder a assisti-lo também.

      Skin não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente através de sistemas de streaming e VOD.

      Tags : A24, Bill Camp, Bryon Widner, cinema, crítica, Crítica de Cinema, Crítica Skin, Danielle Macdonald, Drama, Erasing Hate, Filmes, Guy Nattiv, Jamie Bell, Movie Review, Movie Trailer, Movies, Neo-Nazismo, Review, Skin, Skin Review, Skinheads, Trailer, Vera Farmiga, violência
      Compartilhar :
      • Facebook
      • Twitter
      • Google+
      • Pinterest
      • Linkedin
      • E-mail
      Luiz Pedro: Prótese tipo protocolo
      Próximo artigo
      Luiz Pedro: Prótese tipo protocolo
      Kacau: Quem não foi, PERDEU!
      Artigo anterior
      Kacau: Quem não foi, PERDEU!
      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

      Posts relacionados

      • Cinema janeiro 16, 2021

        Crítica: O Quebra-Cabeça (Puzzle) |

        Crítica: O Quebra-Cabeça (Puzzle) | 2018
        Cinema janeiro 9, 2021

        As Tops do Kacic: Crítica

        As Tops do Kacic: Crítica – Um Limite Entre Nós.
        Cinema janeiro 2, 2021

        As Tops do Kacic: Crítica-

        As Tops do Kacic: Crítica- Deadpool 2 (2018)
      • Cinema dezembro 26, 2020

        As Tops do Kacic: Crítica-

        As Tops do Kacic: Crítica- Jogo Perigoso (Gerald’s Game)
        Cinema dezembro 19, 2020

        Tops do Kacic: Crítica -

        Tops do Kacic: Crítica – Wakefield (2017)
        Cinema dezembro 12, 2020

        As Tops do Kacic:: Crítica

        As Tops do Kacic:: Crítica – Apostando Tudo (Win It All)

      Comentário ( 1 )

      1. Responderjean
        25 de outubro de 2019 at 14:04

        Filme muito bonito e triste. As vezes não imaginamos o que uma pessoa racista é capaz de fazer. Como um ódio gratuito pode fazer com que a pessoa seja tão má. Filme muito bom para nós refletirmos e nos perguntarmos se estamos agindo certo ou errado em muitas ocasiões.

      Deixe um comentário

      Clique aqui para cancelar a resposta.

      Slideshow

      • Fernando Calmon: Volkswagen deve produzir para Ford aqui.
        Carros, Variedades janeiro 21, 2021
        Fernando Calmon: Volkswagen deve produzir
      • César Romão: A Paz tão desencontrada.
        Motivação, Variedades janeiro 20, 2021
        César Romão: A Paz tão
      • Paty Santos: Uma vez rainha, sempre rainha.
        Elas no Esporte, Esportes janeiro 20, 2021
        Paty Santos: Uma vez rainha,
      • Jorge Lordelo: Compras on line e os produtos falsificados.
        Segurança, Variedades janeiro 18, 2021
        Jorge Lordelo: Compras on line
      • Milena Wydra: Os honorários advocatícios – contratuais e sucumbenciais.   
        Cadê minha advogada?, Variedades janeiro 17, 2021
        Milena Wydra: Os honorários advocatícios

      Tags

      A Psicóloga Arquitetura Arte Bem-estar Bendito Pão Boulangerie Cadê minha advogada? Carros Cavalos Cinema Circuito ABC Criando Sorissos Cultura E aí, doutora? Elas no Esporte Empreendedorismo Feminino Equilíbrio Esportes Estilo & Imagem Fisio Fitness Gastronomia Humor Imóveis Itália Mia! Japão Maternidade Moda Motivação Mulher Mundo Pet Mundo Teen Nossa Língua Olimpíadas 2016 Pet Planejamento Financeiro Portal News Querido Vinho Saúde Segurança Sexo Só Esporte Variedades Vinhos É da Sua Conta

      cadastre-se

      Copyright 2017 Luiz Andreoli