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      Crítica: Vingança (Revenge)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      janeiro 16, 2018
      Cinema
      12 Comentários
      6
      Crítica: Vingança (Revenge)

      Há poucos dias, em minha crítica do filme A Invasora (Inside), publicada aqui mesmo no Portal do Andreoli, falei um pouco sobre o New French Extremity, movimento do cinema francês que abriga produções transgressoras repletas de violência e sexo explícitos, e que teve seu pontapé inicial na virada do século. Apesar de ter sido lançado com uma certa distância da época em que o movimento foi instaurado (a última produção associada ao movimento foi lançada em 2006), este novo thriller Vingança (Revenge, França, 2017), em minha opinião, merece um lugar dentro desta vertente transgressora do cinema francês, já que apesar do tom um pouco mais tímido do que outros exemplares do New French Extremity, Vingança transborda o estilo perigosamente contraventor do movimento. Mas não é só isso que Vingança transborda; o filme tem tanto sangue em sua concepção que periga escorrer dos cantos da tela de projeção.

      Em tempos de um “mimimi” (por falta de uma expressão melhor) insuportável permeando todas as facetas da arte e das interações humanas, tanto cara a cara quanto através das redes sociais, lançar um filme como Vingança é no mínimo um ato provocativo. Imaginar “clássicos” do cinema exploitation como A Vingança de Jennifer (I Spit On Your Grave, 1978) ou Ruas Selvagens (Savage Streets, 1984) sendo filmados nos dias de hoje, é praticamente uma impossibilidade. Nesta época em que o tal “empoderamento feminino” está à todo vapor, é inconcebível para o público feminino acompanhar histórias onde protagonistas femininas são obrigadas a suportar um martírio físico, mental e sexual de natureza extrema, até que possam colocar em prática seus planos de vingança.

      Com este Vingança não é diferente, mas sob a direção e o roteiro da estreante cineasta francesa Coralie Fargeat, a produção procura através da subversão justificar sua existência e seu valor, já que procura escancarar a arrogância masculina com relação à sexualidade, para em seguida colocar esta mesma arrogância (e as vidas dos respectivos personagens masculinos da trama), nas mãos da protagonista, que sem dúvida nenhuma faz de seu acerto de contas um dos mais recompensadores do cinema recente. Independente disso, eu como fã dos extremos do cinema francês, prefiro me recostar na cadeira, pegar um balde de pipoca bem cheio, e apreciar as crueldades tão bem representadas em cena. Tanto de uma parte como de outra. Eu estaria sendo hipócrita se dissesse o contrário.

      Jen (a bela Matilda Lutz, do fraco O Chamado 3), se materializa como o sonho de consumo de qualquer homem heterossexual que se preze. Chupando um pirulito e com uma roupa provocante escondendo bem pouco de seu belo corpo, a jovem chega de helicóptero à uma mansão em plena região desértica do Marrocos acompanhada de seu amante bem-sucedido, Richard (o ator belga Kevin Janssens), para um final de semana recheado de sexo adúltero. No dia seguinte, os dois parceiros de caça de Richard, Stan (Vincent Colombe) e Dimitri (Guillaume Bouchede), também chegam para o final de semana dos rapazes, e imediatamente se sentem atraídos pela garota. Aproveitando a ausência pontual de Richard naquela manhã, Stan e Dimitri investem em Jen, e quando esta os repele, a dupla decide estuprar a garota.

      Fargeat e seu diretor de fotografia, Robrecht Heyvaert, constroem um momento de dantesca monstruosidade durante o estupro de Jen, e quando Richard retorna e descobre o escabroso crime cometido por seus camaradas, ele não decide ir à polícia ou algo parecido. Pelo contrário, o que ele faz é empurrar sua amante de um penhasco, e a infeliz ainda cai empalada sobre os galhos lá embaixo. Parece ser o fim da pobre Jen, mas antes que os rapazes possam descer até lá e dar um fim no corpo, a garota consegue escapar rastejando do verdadeiro inferno onde caiu, e agora, como uma Fênix, Jen renasce das cinzas e coloca em prática sua implacável vingança.

      Como já deu para perceber, Vingança segue a cartilha da fêmea torturada que ganha a chance de se vingar dos perpetradores de seu açoite, mas é na maneira extremamente visceral com que a garota se vinga, que a diretora Fargeat dá cara própria a seu filme. E como há sangue em Vingança! Tendo seus três alvos para perseguir, Jen coloca em ação uma verdadeira caçada humana contra seus agressores, transformando-os nas vítimas da história. O nível de violência da produção remete ao ápice do que foi visto no New French Extremity, à medida em que a protagonista esfaqueia, atira e mutila os homens que arruinaram seu corpo e espírito. Sem falar que Fargeat nitidamente se deleita ao retratar sem filtros a queda dos desprezíveis antagonistas do filme.

      Pouco antes da exibição de Vingança no Fantastic Fest do ano passado, Fargeat declarou que ela e os produtores do filme estavam considerando não exibir a produção no festival, especialmente à luz dos numerosos escândalos sexuais que vieram à tona dentro da indústria cinematográfica americana. No entanto, decidiram manter o filme na agenda de exibição do festival como um meio de iniciar uma discussão sobre a cultura do estupro. Muitos dirão que o cinema exploitation não é exatamente a melhor maneira de abordar o assunto, já que retratar a violência sexual como um manifesto pode levar o espectador a receber a mensagem do filme de maneira errada. O que é bem comum, diga-se de passagem. Mas o olhar de Fargeat sobre sua história é tão focado e definido, que fica difícil para o público não querer que a implacável protagonista extermine todos os porcos que cruzaram o seu caminho, de preferência da maneira mais brutal e sangrenta possível.

      Vingança ainda não tem data de estreia definida nos cinemas brasileiros, mas aparentemente ganhará um lançamento nos cinemas através da Fênix Filmes.

      Tags : cinema, cinema francês, Coralie Fargeat, Crítica Revenge, Crítica Vingança, Fantastic Fest, Filmes, Gore, Horror, Horror Movie, Matilda Lutz, Movies, New French Extremity, Revenge, Revenge Review, Suspense, Thriller, Tiff, vingança, violência
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentários ( 12 )

      1. ResponderSérgio Coruja
        16 de janeiro de 2018 at 18:00

        “Jen (a bela Matilda Lutz, do fraco O Chamado 3), se materializa como o sonho de consumo de qualquer homem heterossexual que se preze. Chupando um pirulito e com uma roupa provocante escondendo bem pouco de seu belo corpo, ”

        Não precisa nem ver o filme: só esse seu comentário é capaz de criar um mimimi com esses politicamente corretos que habitam nosso sórdido mundo! Não vejo a hora de ver esse filme!
        Ah, e gostei da critica também!

        • Eduardo Kacic
          ResponderEduardo Kacic
          16 de janeiro de 2018 at 19:19

          Pois é, Sérgio Coruja… Prevejo bastante polêmica em torno do filme. Mas, que venha! Hehehe…
          Obrigado pelos comments e volte sempre ao Portal do Andreoli!
          Abraços.

        • ResponderRenato
          11 de maio de 2018 at 01:39

          Mimini o caramba! Os tempos mudaram e pessoas como você tem que se adaptar ou ficar de fora!

          • ResponderFSociety
            23 de julho de 2018 at 15:15

            De uns anos pra cá o mundo está sim cheio de mimimi, “o pior cego é aquele que não quer ver” que adaptar que nada parceiro pega os filmes antigos e compara com esses filmes do hoje que verá que antigamente não tinha certas “frescuras” no script não tinha inclusão exagerada de várias coisas hoje os filmes querem agradar muitos grupos modinhas formados pela minoria.

      2. ResponderFSociety
        26 de fevereiro de 2018 at 18:58

        Não curto muito esse tipo de filme já assisti Doce Vingança 1, 2 e 3 e alguns outros filmes desse gênero acho que se um diretor fizer um filme assim de um homem que se vinga de várias mulheres ele será expurgado pela crítica, mas no caso de ser uma mulher se vingando é sempre bem aceito, se fosse um caso de um personagem tipo John Wick matando várias mulheres que o fizeram mal as femininistas iriam causar uma 3° guerra mundial rsrs

        • ResponderRenato
          11 de maio de 2018 at 01:41

          Totalmente fora de contexto o seu comentário. Estude mais, depois volte a comentar.

      3. ResponderDenise
        11 de maio de 2018 at 19:44

        Parece interessante esse filme. Bem visceral.
        Mas quando você escreveu que curtiu as crueldades de ambas as partes está incluída a cena do estupro?

        • ResponderFSociety
          23 de julho de 2018 at 15:10

          É logico que ninguém curti estupro, creio que ele deve ter falado das mortes dos 3 otários, uma loirinha bonita daquela não merecia passar por tudo aquilo, achei o filme fraco por ela aprender tudo da noite pro dia.

      4. ResponderCanibal Vegano
        24 de maio de 2018 at 23:19

        O que podemos dizer desse filme. Eh impossível falar qualquer coisa sem comparar esse aos outros “vingança de Jenifer” de 70 e pouco e “Doce vingança” 1,2,3 dos anos 2000 e pouco. Esse filme tinha muito para ser um “doce vingança”, mas mais simples e crível, realista, mas aconteceu o contrario, o roteiro desse eh bem mais simples e menos elaborado que o dos outros filmes de vingança, mas eh menos crível, acreditável. Nesse filme vemos lesões que matariam qualquer pessoa ou a deixaria incapacitada por semanas parecem arranhões. Serio, se o seu abdomen for perfurado por um tronco mais grosso que um cabo de vassoura, não importa a droga que você usar, você não vai conseguir fazer muita coisa, por causa da dor, da perda de sangue, e por causa a inflamação natural (conheci um cara, usuário de drogas, vizinho meu, que em uma festa tomou uma facadinha de canivete no abdomen, ele foi pra casa tomou um banho, dipirona, e como a ferida era pequena colou um band-aide e foi deitar, poucas horas depois acordou com o coração acelerado, correu por hospital. A facada não furou nem um órgão, mas os medicos tiveram que abrir ele, limpar o sangue da cavidade abdominal e depois costurar. Ficou alguns dias internado e semanas se recuperando Pra gente ver que não eh tao simples). Mas na realidade desse filme cogumelos e fogo curam qualquer ferida e te deixam em ponto de bala para enfrentar um exercito. Olha esse filme eh bem estilístico, com um jogo de camera, mudança de perspectiva, foco em detalhes e uma trilha sonora bem interessante, isso geralmente vemos em filmes mais cults, ou independentes, nesse quesito esse filme da um show nos seus “colegas girl revenge” , ficou muito bom, mas não adianta ter estilo e não ter conteúdo, sendo MUITO inverosímil. Sim, os outros filmes desse gênero também são inverosímil, mas eles justificavam tudo baseados no planejamento feito pela personagem vingativa, ou seja, acreditávamos que as coisas davam certo, em sua maioria, por que a personagem tivera tempo de planejar tudo e nesse temos que acreditar que as coisas estão dando certo “NA RACA” e na sorte, o que não se justifica ao olharmos a personagem. Enfim achei o filme OK. Mais personalizado que os outros “doce Vinganças” mais muito simples e inverosímil

      5. ResponderGuilherme Viana
        28 de maio de 2018 at 15:26

        Apesar de ainda não ter assistido ao filme, acredito que o grande trunfo de uma obra com tal temática é ser dirigido e roteirizado por uma mulher… Fosse dirigido por um homem não estaríamos aqui discutindo sobre o mesmo e talvez este nem chegasse a ser produzido…

        • ResponderFSociety
          23 de julho de 2018 at 15:04

          Pois amigo achei esse filme fraco, a história perecia ser até legal porem as mortes faram muito ridículas o “John Rambo” opa! quero dizer Jen aprendeu tudo depois de usar uma super droga tipo “Sem Limites” kkkkkkkkkkkkkkkkkk

      6. ResponderFSociety
        23 de julho de 2018 at 15:00

        Filme fraco não se compara nem 1% com Doce Vingança lá as a protagonista inspirava ser inteligente afinal era uma escritora, já nesse filme a loirinha me parecia ser maior burrinha
        e de repente virou o experiente “John Rambo”sabia cauterizar ferimentos, atirar a longa distância, andar de Moto (blz isso ela até poderia fazer) mas em momento algum foi mostrado
        tipo se ela gostava de Motocross da trilha etc… achei esse filme pior que o Chamado 3.

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