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      Crítica: Relaxer (2018)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      julho 6, 2018
      Cinema
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      6
      Crítica: Relaxer (2018)

      Em 2014, tive a oportunidade de cobrir a edição do Indie Cine Festival daquele ano, que ocorreu em alguns cinemas do circuito de arte de São Paulo e Minas Gerais. Foram duas semanas de incríveis descobertas do cinema independente americano e mundial, e uma das pérolas que pude conferir foi o peculiar Buzzard, filme dirigido pelo norte-americano Joel Potrykus, e que mostrava o terrível impacto da alienação em um jovem que após perder o emprego em um escritório, vê sua vida desmoronar em uma espiral de mentiras e más escolhas. O filme carregava uma mistura única de humor-negro e surrealismo, e acabou por ser uma das produções que mais me marcaram no festival daquele ano.

      Agora, quatro anos depois de Buzzard, Potrykus volta com este “midnighter” do Festival SXSW, Relaxer (EUA, 2018), produção que traz uma vibe muito parecida com a do filme citado acima, e que conta inclusive com o mesmo protagonista, o esquisito e eficiente Joshua Burge. Mais uma vez abrindo e fechando seu filme com muito heavy-metal, Potrykus faz deste seu Relaxer uma meditação grunge sobre a boa e velha arte do relaxamento. Assim como Buzzard, Relaxer é dark e perturbador. E também muito, MUITO engraçado.

      O filme se passa no ano de 1999, período em que o mundo vivia a febre do Y2K (ou “bug do milênio”) e também o medo de um apocalipse. O recluso Abbie (Burge, mais uma vez ótimo) e seu maldoso irmão Cam (David Dastmalchian, de Batman: O Cavaleiro das Trevas), vivem em um esquálido apartamento repleto de pichações nas paredes, folhetos sobre bandas de heavy-metal e lixo. Muito lixo. Os irmãos passam boa parte do tempo inventando jogos imbecis com os quais possam desafiar um ao outro, e quando Abbie falha em cumprir um dos desafios propostos pelo irmão (um desafio bem repugnante, diga-se de passagem), Cam, que adora uma maldade, propõe à Abbie o desafio definitivo: seu irmão não pode se levantar do sofá enquanto não superar o nível máximo do jogo Pac-Man no video-game da dupla.
      Nem é preciso dizer que a situação de Abbie vai ficando cada vez mais estranha e desesperada uma vez que o desafio começa…

      Relaxer é todo ambientado dentro do pequeno apartamento dos irmãos. Alguns personagens secundários, incluindo um vagabundo conhecido da dupla (Andre Hyland) e uma ex-companheira de trabalho de Abbie (Adina Howard), aparecem para visitar, mas não importa o que aconteça ou quem apareça, Abbie nunca se levanta do sofá imundo. Potrykus movimenta sua câmera através do pequeno aposento, tanto em tomadas estáticas como em close-ups e zooms que são usados para esconder ou revelar detalhes. E depois de um tempo, Relaxer acaba ganhando uma qualidade imersiva, que deixa o público se sentindo como se estivesse preso em um lixão infestado de insetos e acompanhado de um monte de gente desagradável. Este efeito imersivo amplifica o impacto dos muitos momentos cômicos do filme, que vão desde piadas sem noção, passando por monólogos malucos sobre o filme Jerry Maguire, até gags gráficas que beiram o mau gosto.

      Para quem conhece o filme anterior de Potrykus, este Relaxer não vai soar tão estranho, afinal, o filme continua mostrando o que Buzzard evidenciou com relação aos efeitos destruidores da alienação, seja ela através dos veículos de comunicação (principalmente), ou através da nociva convivência com pessoas ruins. Tanto o protagonista de Buzzard quanto os personagens centrais de Relaxer habitam um mundo sombrio, onde referências pop (em Buzzard o protagonista era obcecado pelo personagem Freddy Krueger da franquia A Hora do Pesadelo, um ícone pop dos anos oitenta; aqui o foco é no boom dos games da década de noventa e início dos anos 2000) têm mais importância do que os acontecimentos do mundo real, o que é evidenciado nas personalidades doentes, mas não menos hilárias, de Abbie e Cam.

      Relaxer força sua inusitada premissa ao limite, e desafia sua audiência a permanecer à bordo. Mas aqueles corajosos o suficiente para seguir com o filme, serão recompensados com uma desconfortável, bizarra e hilariante jornada através de um par nada comum de mentes completamente distorcidas e alienadas.

      Relaxer não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente através de sistemas de streaming e VOD.

      Obs.: Relaxer ainda não teve um trailer oficial divulgado, então, confira abaixo a apresentação do filme antes de sua exibição no Festival SXSW 2018.

      Tags : Buzzard, cinema, comédia, crítica, Crítica Relaxer, David Dastmalchian, Filmes, Games, Indie, Joel Potrykus, Joshua Burge, Movies, Pac-Man, Relaxer, Relaxer Review, Review, SXSW, Y2K
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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