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      Crítica: Ordinary Love (2019)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      dezembro 3, 2019
      Cinema
      1 Comentário
      6
      Crítica: Ordinary Love (2019)

      Um retrato dolorosamente íntimo de um casamento que enfrenta uma verdadeira tempestade, este Ordinary Love (UK, 2019), marca o terceiro trabalho da dupla de diretores Lisa Barros D’Sa e Glenn Leyburn (Good Vibrations, 2012), e ao contrário de seu título, nada tem de comum ou ordinário. Os espetaculares Lesley Manville (Trama Fantasma, de Paul Thomas Anderson) e Liam Neeson protagonizam a obra nos papéis de Joan e Tom, casados há muito tempo e cujo costumaz equilíbrio da relação é seriamente prejudicado quando ela é diagnosticada com um câncer nos seios.

      O filme combina com brilhantismo o roteiro impiedosamente honesto de Owen McCafferty, com as duas adoráveis e emocionantes performances de sua dupla de protagonistas. Performances repletas de textura e realidade à flor da pele. Trata-se do primeiro roteiro do renomado roteirista teatral McCafferty, ainda que uma de suas peças, Eternos Heróis (Mickybo And Me, 2004), já tenha sido previamente adaptada para o cinema. Ordinary Love é um trabalho bastante pessoal, uma vez que McCafferty extraiu muito das experiências que ele próprio e sua esposa compartilharam durante o tratamento dela contra um câncer de mama. Não surpreende, portanto, o fato de que Ordinary Love seja uma obra profunda e comovente, que leva o público às lágrimas sem fazer nenhum esforço.


      O filme utiliza-se dos ritmos da rotina do casal – como as caminhadas no final da tarde – para evocar um relacionamento que transcorre de maneira fácil e repleto de companheirismo. Dizer que Joan e Tom se acomodaram em seus hábitos não traduz a verdade, pois sugere que são os hábitos, e a rotina, que os mantém unidos. Na verdade, desde a primeira pequena discussão entre os dois, um debate sobre quem será o responsável por desmontar a decoração de Natal, já fica bem claro que os dois ainda se amam. À medida em que descobrimos mais sobre o casal, torna-se ainda mais nítido que estas rotinas banais têm um outro propósito; uma tentativa de impor ordem em uma vida que pode ser selvagemente imprevisível. Joan e Tom já sobreviveram a uma impensável tragédia juntos: A morte de sua filha.

      Quando Joan recebe o diagnóstico de câncer, seu primeiro pensamento é justamente sobre sua filha: (“Estou contente por Debbie não estar aqui para ter que passar por isso,” ela murmura, como se até o fato de proferir tais palavras em alto e bom som fosse uma traição.) Mais tarde, ela envia Tom para visitar o túmulo de Debbie, sozinho, mas o proíbe de dizer à filha do casal que ela está doente. Tom, por sua vez, trava uma batalha consigo mesmo para não sucumbir ao medo e à tristeza na frente da esposa. Mas basta um olhar mais à fundo para perceber que Tom está completamente perdido, sem nenhuma noção de normalidade em sua vida.

      A qualidade do roteiro é evidente ao longo de toda a produção, mas é particularmente mais potente quando Joan e Tom se estranham por algum motivo. As discussões, muitas delas banais e sem propósito algum, são verdadeiras válvulas de escape para a tristeza. Mesmo um casamento tão sólido quanto o deles encontra-se desafiado e abalado pelo câncer de Joan. É ela, e não eles, quem enfrenta o martírio das sessões de quimioterapia; é ela quem enfrenta as dores em seu corpo; e o mais difícil: É ela quem precisa confrontar a própria mortalidade. Enquanto Tom lida com a situação da melhor maneira que pode, Joan encontra conforto em suas conversas com Peter (David Wilmot, de Uma Razão Para Viver, 2017), um antigo professor de sua filha, e que também está lidando ele próprio com uma doença terminal.

      Neeson (que é meu ator preferido já há muito tempo), e a excepcional Lesley Manville, como não poderia ser diferente, estão excepcionais. Suas interpretações impecáveis são o grande trunfo desta produção de foco intimista, e alçam o patamar do filme muitos graus acima. A direção de Barros e Leyburn é firme e está longe de ser desnecessariamente chamativa. Em nenhum momento a dupla se distrai da verdade central da história. Um belo adorno, entretanto, é o score de David Holmes e Brian Irvine (Onze Homens e um Segredo, 2001), que dá ao filme uma sensação de tempo em suspensão, um tipo de limbo musical que captura o estado de aprisionamento em que Joan e Tom se encontram, mesmo que a vida normal siga seu curso, inerte à tudo que acontece ao redor.

      Ordinary Love não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente através de sistemas de streaming e VOD.

      Tags : amor, câncer, casamento, cinema, crítica, Crítica de Cinema, Crítica Filme Ordinary Love Crítica Filme Ordinary Love 2019, Crítica Ordinary Love, Crítica Ordinary Love 2019, David Wilmot, Drama, Filme Ordinary Love, Filme Ordinary Love 2019, Filmes, Glenn Leyburn, Lesley Manville, Liam Neeson, Lisa Barros D'Sa, Movie Review, Movie Trailer, Movies, Ordinary Love, Ordinary Love Filme, Ordinary Love Movie, Ordinary Love Movie 2019, Ordinary Love Movie Trailer, Ordinary Love Review, Ordinary Love Trailer, Ordinary Love Trailer 2019, Owen McCafferty, Review, Trailer, Trailer Ordinary Love
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentário ( 1 )

      1. ResponderJose mariano Lopes
        5 de dezembro de 2019 at 09:43

        Gostaria de ouvir sua crítica sobre “Beleza oculta” com Will Smith. Se possível for.!

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