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      Crítica: Nasce uma Estrela (A Star is Born) | 2018

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      setembro 25, 2018
      Cinema
      3 Comentários
      9
      Crítica: Nasce uma Estrela (A Star is Born) | 2018

      Outubro chegando e começam a chegar também os primeiros possíveis candidatos à temporada de premiações que logo se inicia. Este Nasce uma Estrela (A Star is Born, EUA, 2018), definitivamente chega forte à pelo menos algumas categorias, fato improvável para este que já é o quarto remake de uma mesma história. O mais famoso deles é a versão de 1976, protagonizada por dois ícones da música e também das telas, Barbra Streisand e Kris Kristofferson, e apesar do peso da dupla e do sucesso comercial da produção, confesso que o filme nunca chegou nem perto de figurar entre meus favoritos.

      42 anos depois, entra em cena Bradley Cooper. Surgido na cena hollywoodiana como galã, e depois se revelando um tremendo intérprete, Cooper figura na minha galeria de atores favoritos já há um bom tempo. Aqui, o ator não só está excelente em cena, como também revela-se um diretor incrivelmente promissor, construindo um filme que supera todas as versões anteriores de sua história, e que já figura na minha galeria de melhores do ano. Sua estreia atrás das câmeras funciona maravilhosamente bem, retratando a exata essência da história na qual é baseado: A expressão das emoções humanas e seus abismais fracassos. O público realmente sente algo por estes personagens, indivíduos falhos que tentam à todo custo recolher os cacos de si mesmos e se reconstruir. Ou ao menos, ajudar aqueles a quem amam.

      Cooper interpreta o charmoso mas um tanto gasto Jackson Maine, uma estrela da música country que há muito perdeu o encanto pelo que faz. Jackson é alcoólatra, e para piorar, está ficando surdo, ainda que negue tudo isso, para tristeza e irritação de seu irmão e guardião, Bobby (o sempre ótimo Sam Elliott, do recente drama The Hero), que tenta colocar um pouco de juízo na cabeça do irmão. Entra em cena a superstar Lady Gaga, ou se preferirem, Stefani Germanotta, no papel de Ally, uma garçonete que também canta e compõe canções. Após presenciar por acaso um dos shows da garota em um bar de beira de estrada, Jackson se encanta pela jovem. Ele a convence a esticar a noite ao seu lado, e depois de se envolverem em uma confusão (causada, é claro, pelo excesso de álcool por parte de Jackson), eles sentam um ao lado do outro no estacionamento, à luz do luar, e ela então canta para ele. Trata-se de uma cena adorável, onde duas pessoas se apaixonam perdidamente uma pela outra. Para o bem, e para o mal.

      Se você já viu algumas das versões anteriores de Nasce uma Estrela – A de 1937 estrelada por Janet Gaynor e Frederic March; a de 1954 protagonizada por Judy Garland e James Mason; e a citada versão de 76 com Streisand e Kristofferson – já sabe o quanto esta história pode dar errado. E se você ainda não está familiarizado com a fórmula, seja bem-vindo: A versão de Cooper prova que sempre há uma maneira de renovar o velho material. As melhores cenas desta versão, por exemplo, são as iniciais, onde Jackson, agindo com generosidade verdadeira, dá um empurrão na carreira de Ally. Primeiro a convidando para o palco para uma canção, e depois a transformando em uma verdadeira parceira.

      Mas a grande questão que vinha batucando na minha cabeça e também na de muita gente, era se Lady Gaga poderia de fato, atuar. Após conferir o filme, eu vejo o quão ridícula é tal pergunta. Cantores, geralmente, são atores fabulosos. Em Hollywood então, o artista precisa ser completo. Entretanto, o que é mais surpreendente com relação a Gaga é o quão carismática ela é sem sua maquiagem e figurino extremos. Nunca considerei Gaga uma mulher particularmente bonita, mas ao vê-la aqui sem nada que interfira em seus traços naturais ou em seu nariz levemente avantajado, fiquei realmente encantado por sua peculiar beleza. Gaga está um verdadeiro encanto.

      Mais tarde na história, à medida em que a carreira de Ally começa a decolar enquanto Jackson abraça cada vez mais a amargura, Gaga está menos hipnotizante mas não menos encantadora. Ally é apresentada à um empresário que decide repaginar sua imagem, transformando-a em uma popstar de cabelos vermelhos e roupas cada vez mais extravagantes. É neste ponto que o filme perde um pouco de sua força, já que é difícil não sentir falta da beleza e do jeito natural de Ally. É quase como se o público quisesse ver mais Germanotta do que Gaga. Mesmo assim, a Ally superstar não é nem de perto tão berrante quanto a própria Gaga. Na verdade, no que diz respeito à estrelas do pop, especialmente as de hoje, Ally é até discreta, apesar de sua excepcional presença de palco.

      Gaga é dona do show (e do filme), e Cooper, seu parceiro de cena e diretor, demonstra uma autêntica generosidade artística que chega a ser gigantescamente cortês. O núcleo narrativo de Nasce uma Estrela basicamente pede para que o público tenha pena de Jackson tanto quanto admire o caráter de Ally. Em todas as versões anteriores da história, o personagem de Jackson ameaça roubar o show com sua própria degradação; entretanto, Cooper sabiamente se coloca em segundo plano nos momentos exatos, deixando Gaga brilhar. Ele reconhece que como uma performer, Gaga é maior do que o próprio filme. Sua presença em cena é gigantesca. Cooper ainda permite que atores em papéis menores, como Dave Chappelle (no papel de um dos melhores amigos de Jackson), e Andrew Dice Clay, brilhem em cena e complementem com maestria as performances dos protagonistas.

      Cooper também toma algumas ótimas decisões no que diz respeito ao roteiro, escrito pelo próprio em parceria com Eric Roth (Forrest Gump: O Contador de Histórias) e Will Fetters (dos dramas Lembranças e O Melhor de Mim). O declínio de Jackson é tratado com sensibilidade, longe do melodrama excessivo da versão de 76, por exemplo, e Cooper mantém o ritmo ágil e seu desenrolar bastante autêntico. É maravilhoso ver um cineasta estreante que está mais interessado em uma narrativa efetiva do que apenas tentar impressionar seu público com outras artimanhas. Contar uma boa história de maneira eficiente já é difícil o suficiente.

      Resumindo, Cooper conseguiu a façanha de abordar uma história que parecia esgotada e a transformou em um excelente drama de roupagem moderna. Seu Nasce uma Estrela é uma história sobre grandes personalidades e sobre erros humanos ainda maiores. Em dias onde todos estão sempre prontos para um close-up, nada como entregar o palco para um outro alguém brilhar, para variar.

      Nasce uma Estrela estreia nos cinemas brasileiros no dia 11 de outubro.

      Tags : A Star is Born, A Star is Born Review, Bradley Cooper, cinema, crítica, Crítica Nasce uma Estrela, Drama, Filmes, Lady Gaga, Movies, musical, Nasce uma Estrela, remake, Review, Romance, Trailer
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentários ( 3 )

      1. ResponderPoliany
        25 de setembro de 2018 at 08:17

        Porraaaaa (me desculpe a empolgação) Edu me emocionei e como havia te dito just estava ansiosa, depois de ler sua crítica estou mais ainda. Nunca senti tanto sinceridade em uma crítica, meus parabéns de todo coração, vc é incrivel!!!! Obrigada.

        • Eduardo Kacic
          ResponderEduardo Kacic
          28 de setembro de 2018 at 13:39

          Show Poly!! Muito obrigado de coração pelas palavras e pela visita!
          Grande beijo!!

      2. ResponderAugusto
        13 de outubro de 2018 at 01:27

        Excelente resenha. Acabei de assistir o filme e gostaria de tecer alguns comentários: entrei na sala de cinema esperando um filme clichê melancólico (detalhe, não cheguei a assistir os remakes anteriores), e saí com uma sensação de que fui profundamente enganado pelos meus próprios juízos. É um filme extenso, bonito, e, de certa forma, um tanto humano. Ponto, nesse quesito, para a atuação de Cooper: fantástica! Majestosa do começo ao fim. Quanto à Lady Gaga, igualmente espetacular. Na verdade, não consegui enxergar à cantora/artista de entretenimento que ela é, mas sim a Ally, a personagem insegura que, de certa forma, cativou a todos que estavam assistindo. Filme legal, despretensioso (ou ambicioso, vai depender do seu ponto de vista), e bastante musical. Recomendadíssimo!

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