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      Crítica: Mom and Dad (2017)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      janeiro 12, 2018
      Cinema
      1 Comentário
      7
      Crítica: Mom and Dad (2017)

      Ah, Nic Cage… Depois de tantos filmes ruins (alguns MUITO ruins) e atuações canastronas e caricatas, você ainda consegue me arrastar para ver algum filme seu. O último filme pelo qual eu havia me arriscado e que envolvia o nome do ator foi o drama criminal Cães Selvagens (Dog Eat Dog), filme lançado no final de 2016 e cuja crítica você também confere aqui no Portal do Andreoli. E confesso que, apesar de ter decidido me arriscar pelo filme mais pela presença de Willem Dafoe do que pela presença de Cage propriamente dita, o filme QUASE me surpreendeu positivamente. Porém, os tenebrosos vinte minutos finais da produção colocaram tudo a perder.

      Agora, mais uma vez me arrisco em uma produção estrelada por Cage, talvez pelo fato der ser levemente masoquista, ou simplesmente por gostar demais deste ator, um dos melhores de todos os tempos (Despedida em Las Vegas que o diga!), que infelizmente e inexplicavelmente seguiu um rumo obscuro na carreira. Contudo, pelo menos desta vez, o saldo não foi negativo. A comédia de horror Mom and Dad (EUA, 2017), apesar de estar longe de ser um primor cinematográfico, ao menos diverte o espectador e até levanta alguns questionamentos interessantes em cima de sua premissa atual e válida. Uma pena que não chega a desenvolvê-los em todo seu potencial.

      “Nós te amamos, mas às vezes nós temos vontade de te matar” é um pensamento que mais cedo ou mais tarde, por mais que não queiramos admitir, acaba passando pela cabeça dos pais, mesmo que no sentido jocoso da expressão. Este sentimento figurativo é abordado de maneira bastante literal pelo roteirista e diretor Brian Taylor (dos cansativos porém inventivos action fest Adrenalina e Gamer), e apesar da sinopse soar extremamente ofensiva para boa parte do público, este vertiginoso exercício transcende o mero humor de mau-gosto e se transforma em uma sólida e ácida comédia sobre a natureza suburbana e a instituição familiar, sempre tão criticadas pelo cinema americano nas últimas décadas.

      O filme coloca o público para acompanhar a vida comum de uma típica família de classe-média americana do estado de Kentucky. Nossos protagonistas são também bastante comuns, ao mesmo tempo em que são um tanto disfuncionais: Carly (Anne Winters, da série da Netflix 13 Reasons Why) é a filha adolescente que não sai do celular; o filho mais novo, Joshua (Zachary Arthur, de A 5a Onda) é um verdadeiro terror com seus 10 anos de idade; o patriarca Brent (Cage), ainda consegue fazer o papel do “pai descolado”, mas por dentro é um verdadeiro vulcão de ressentimento mergulhado na crise de meia-idade. Tudo isso pesa bastante nas costas da mãe, Kendall (Selma Blair, da franquia Hellboy, de Del Toro), que sacrificou sua carreira e qualquer outro tipo de vida por uma família que não mais a valoriza.

      À medida em que cada um segue seu caminho para o trabalho, escola, aula de aeróbica, etc, como em outro dia qualquer, surge no ar e ganha força a notícia de que algo inexplicável está acontecendo na cidade: aparentemente, algum tipo de vírus neurológico transmitido através de aparatos eletrônicos como TVs, computadores e celulares está causando “histeria em massa” na população, e quando um verdadeiro banho de sangue subitamente acontece no campo de futebol do colégio local, é que a plateia, os personagens e a imprensa começam a entender o que realmente está ocorrendo: sem motivo aparente, os pais desenvolveram o impulso compulsivo de matar os seus filhos.

      Quando se dá conta de que Joshua possa estar em perigo, Carly volta para casa imediatamente, passando agora por um cenário de morte e carnificina que tomou conta da paisagem suburbana da cidade. Ao mesmo tempo em que, os agora energizados pais da garota também dirigem-se para casa, determinados a acabar com sua prole.

      Apoiado em um subtexto de críticas sociais, onde aborda o materialismo, o racismo, o poder negativo da mídia e da tecnologia, entre outros temas, Mom and Dad é uma pauleira. O filme é acelerado e recheado de humor-negro, bem ao estilo de seu diretor. Mesmo quando o cerco dos pais às suas crianças parece “encaixotar” o filme, Taylor introduz uma genial reviravolta na trama com a entrada em cena dos pais de Brent, interpretados pelo ótimo Lance Henriksen (O Alvo, Aliens: O Resgate) e Marilyn Dodds, que eram esperados para o jantar mas aparecem no local com outros planos em mente.

      No campo das interpretações, os atores juvenis são habilidosos e suas performances passam a credibilidade que o filme precisa para funcionar. O elenco adulto tem a tarefa mais interessante de transmitir equilíbrio entre o cartunesco e a ameaça genuína, dentro de um cenário narrativo repleto de anarquia e improbabilidades. O que rende maravilhas na interpretação mais uma vez comicamente maníaca de Nicolas Cage. Sua performance é imprevisível e inesquecível, mesmo em um filme de pouco alcance como este. A ainda bela Selma Blair também está ótima, com uma interpretação que cobre uma gama de emoções que vai da simpatia à monstruosidade num piscar de olhos.

      Em um mundo onde prêmios são dados para filmes como este Mom and Dad, Cage e Blair seriam indicado às premiações com toda certeza. Entretanto, sabemos que neste nosso plano, o gênero horror não é reconhecido como merece. Não que o filme seja o que há de melhor dentro do gênero, longe disso. Mas trata-se de uma produção muito bem dirigida e interpretada, e que se arrisca dentro de uma premissa que em outros tempos poderia soar completamente absurda, mas que em nossos insanos dias de hoje, ganha cores assustadoramente possíveis e reais. Que sofram as criancinhas…

      Mom and Dad não tem previsão de estreia no Brasil, e deve chegar ao país diretamente através de serviços de streaming e VOD.

      Tags : Anne Winters, Brian Taylor, cinema, comédia, Crítica Mom and Dad, Filmes, Horror, Lance Henriksen, Marilyn Dodds, Mom and Dad, Mom and Dad Review, Movies, Nicolas Cage, Selma Blair, Thriller, Zachary Arthur
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentário ( 1 )

      1. ResponderMarisa
        19 de maio de 2018 at 21:23

        Tema interessante já que o controle da mente remoto é real, o sistema nervoso pode ser manipulado através dos campos eletromagnéticos dos televisores acionando um gatilho cerebral isso pode vir acontecer.

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