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      Crítica: Love, Death & Robots (2019)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      março 15, 2019
      Cinema
      1 Comentário
      8
      Crítica: Love, Death & Robots (2019)

      Desde Animatrix (The Animatrix), lançada no longínquo ano de 2003 em cima do tremendo sucesso da trilogia sci-fi Matrix, uma antologia de animação não era tão aguardada assim. A citada coleção de histórias maduras, contadas em diferentes estilos dentro das muitas, MUITAS variedades da animação, ganha 15 anos depois, uma espécie de evolução. A evolução chega na forma de mais esta antologia animada definitivamente para adultos, Love, Death & Robots (EUA, 2019).

      Love, Death & Robots é uma inspirada criação de Tim Miller (diretor do primeiro Deadpool e do vindouro Terminator: Dark Fate), e de ninguém menos que David Fincher, que dispensa apresentações. Os cineastas vencedores do Oscar tornaram sua missão entregar arte da mais alta qualidade, ao mesmo tempo em que transmitem algo culturalmente relevante e maduro. Estranhas criaturas sencientes, soldados lobisomens, robôs enlouquecidos, monstros feitos de lixo, caçadores de recompensas ao estilo Blade Runner, aranhas alienígenas e demônios saídos diretamente do inferno com sede de sangue, convergem em dezoito contos animados nada aconselháveis para a molecada em geral.

      Os curtas abrangem uma enorme gama de gêneros, desde a ficção-científica e fantasia, passando pelo horror e pela comédia. O mesmo vale para os diferentes estilos de animação, que incluem o tradicional 2D até o CGI 3D photo-real. No que diz respeito às narrativas, os curtas também cobrem uma grande variedade de tópicos adultos, que incluem racismo, governo, abuso de poder, guerra, livre-arbítrio e a própria natureza humana, oriundos de centenas de autores e histórias, muitas delas descobertas pelo próprio Tim Miller décadas atrás. Cada segmento tem cerca de 5 a 15 minutos de duração, e foram criados por diferentes cineastas ao redor do mundo, incluindo animadores da Hungria, França, Canadá e Coréia do Sul, entre outros.

      O próprio Miller declarou em entrevista que Love, Death & Robots era seu projeto de sonho, que combina seu amor por animação com histórias maravilhosas. Midnight movies, quadrinhos, livros e revistas de ficção e fantasia o inspiraram por décadas, mesmo com tais vertentes tendo sido por muito tempo consideradas como meros artifícios da cultura geek e nerd, das quais Miller diz fazer parte. Hoje, é nítido para percebermos que o cenário criativo mudou, especialmente no que diz respeito às animações de temática adulta, que se tornaram parte de uma grande conversão cultural.

      O resultado final da antologia, também produzida por Joshua Donen, que traz no currículo filmes como Garota Exemplar e séries como House of Cards; e Jennifer Miller (esposa de Tim), consiste em uma insana viagem a diferentes universos, cada um mais peculiar do que o outro, e sempre permeados pela tecnologia. Mais precisamente, a robótica. Apesar de todos os segmentos manterem um bom nível de equilíbrio visual e narrativo, como qualquer outra antologia há um certo desequilíbrio entre os contos. Mas nada que influencie o bom resultado final da produção como um todo. Os melhores da lista definitivamente são os segmentos “Alternate Histories”, em que se é possível assassinar o ditador alemão Adolf Hitler diversas vezes, de maneiras cada vez mais hilárias e absurdas; o psicodélico “Fish Night”, em que dois viajantes perdidos no deserto depois que o carro quebra, acabam embarcando em uma alucinógena viagem ao princípio da humanidade; e “Three Robots“, onde muito após a queda da humanidade, três robôs participam de um tour através de uma cidade pós-apocalíptica.

      Outros contos também são bastante interessantes, como “Ice Age“, em que um jovem casal se muda para um apartamento e descobre uma civilização perdida dentro de seu antigo freezer; “Zima Blue” é outro que se destaca, onde um renomado artista reconta seu misterioso passado e ascensão à fama, antes de revelar seu trabalho final; Em “Beyond the Aquila Rift“, a tripulação de uma nave luta para descobrir o quão longe viajaram, depois de anos-luz vagando fora de curso através do espaço; “Helping Hand” mostra a difícil escolha de uma astronauta, que perdida em órbita, precisa escolher entre a vida e o limbo antes de seu oxigênio acabar. “Secret War” coloca soldados russos em uma batalha contra uma entidade maligna nas florestas congelantes da Sibéria, enquanto que em “Suits“, uma comunidade de fazendeiros usa seus trajes mecanizados feitos em casa para defender suas famílias de uma invasão alienígena. Já “The Dump” apresenta ao público o personagem Ugly Dave, que considera o lixão como sua casa, e ele fará de tudo para evitar que seu lar seja tirado de suas mãos.

      Já os episódios restantes não conseguem equilibrar tão bem suas narrativas, e acabam funcionando puramente no quesito visual: Em “Lucky 13“, uma nave-cargueiro de mesmo nome já perdeu duas tripulações, e nenhum piloto se atreve a pilotá-la. Mas os novatos não têm escolha. “Blind Spot” mostra uma gangue de cyborgs ladrões que armam um ambicioso assalto em alta velocidade; “Good Hunting” mostra o laço que se desenvolve entre um caçador de espíritos e um huli jing, criatura mitológica chinesa capaz de mudar de forma, e que pode ou não ser um mau espírito. “Shape-Shifters” coloca dois fuzileiros navais com poderes sobrenaturais, enfrentando uma ameaça nas profundezas do território do Afeganistão.

      Já o segmento “Sonnie’s Edge” retrata um submundo de lutas nada comum, onde Sonnie é invencível. Desde que ela consiga manter o controle. No pesadão e inusitado “Sucker of Souls“, um demônio sedento por sangue libertado de um sítio arqueológico, enfrenta um time de mercenários armados com uma arma secreta: Gatos (!). Em “The Witness“, após presenciar um brutal assassinato, uma mulher foge do assassino através das ruas de uma cidade surreal; e em “When The Yogurt Took Over“, cientistas acidentalmente criam um iogurte super-inteligente (!), e o mesmo logo sai em busca de dominação mundial.

      Como deu para perceber, a antologia tem conteúdo para todos os gostos, e com uma abordagem ousada em cada uma das narrativas de suas histórias, Love, Death & Robots é uma experiência fácil de assistir e difícil de esquecer, que garante uma experiência cinematográfica única e visceral.

      Love, Death + Robots estreia HOJE (15/03), no catálogo da Netflix.

      Tags : Alternate Histories, animação, Beyond the Aquila Rift, Blind Spot, cinema, crítica, Crítica de Cinema, Crítica Love Death + Robots, Crítica Love Death and Robots, David Fincher, Ficção-Científica, Filmes, Fish Night, Good Hunting, Helping Hand, Ice Age, Jennifer Miller, Josh Donen, Joshua Donen, Love Death + Robots, Love Death + Robots Review, Love Death and Robots, Love Death and Robots Review, Love Detah & Robots, Lucky 13, Mary Elizabeth Winstead, Movie Review, Movies, Netflix, NSFW, Review, robôs, Sci-Fi, Secret War, Shape-Shifters, Sonnie's Edge, Sucker of Souls, Suits, The Dump, The Witness, Three Robots, Tim Miller, Topher Grace, When the Yogurt Took Over, Zima Blue
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentário ( 1 )

      1. ResponderPedro Pinhal
        15 de março de 2019 at 23:58

        Rapaz, acabei de assistir toda a temporada… super bacana, não recomendo para menores. O primeiro ” Sonnies Edge” e “Beyond the Aquila Rift“, foram os mais tops. Não desmerecendo o “Three Robots”, muito curtido também. Excelente trabalho, não se podia esperar menos desses produtores.

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