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      Crítica: Lion: Uma Jornada Para Casa (Lion)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      fevereiro 10, 2017
      Cinema
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      7
      Crítica: Lion: Uma Jornada Para Casa (Lion)

      Você sabe quem é Garth Davis? Pois é, até este excepcional Lion: Uma Jornada Para Casa (Lion, Austrália/EUA/Reino Unido, 2016) surgir do nada como um dos potenciais candidatos ao Oscar 2017 de Melhor Filme, eu também não sabia. Nascido na Austrália, Davis é um renomado e premiado diretor de comerciais, e chega a ser inacreditável que o diretor, que nunca havia dirigido um longa-metragem em sua carreira, tenha feito sua estreia com uma produção tão excruciantemente bela e humana como este Lion, um filme que como poucos, conseguiu me comover completamente, de maneira pura e genuína.

      À princípio, a premissa de Lion pode até soar um pouco pedante. Afinal, estamos falando de uma produção que mostra a trajetória de um menino pobre e que perde-se de sua família, características de uma história de apelo universal que por si só, parece ter sido feita para provocar lágrimas no espectador incauto. Mas não é nada disso. O filme de Davis é um mergulho pelas turbulentas águas de um indivíduo atormentado, que carrega consigo a esperança de um novo futuro, mas cujo passado doloroso e sofrido não permite que o mesmo tenha paz de espírito para seguir em frente.

      O indivíduo em questão é o jovem de origem indiana Saroo (Dev Patel, de Quem Quer Ser um Milionário?) que às vésperas de ingressar na universidade, vive na Austrália com seus amorosos pais adotivos, interpretados por Nicole Kidman e David Wenham (da Trilogia O Senhor dos Anéis). No entanto, Saroo carrega consigo um triste passado, quando aos sete anos de idade e ainda vivendo na Índia, foi colocado em um trem expresso que o levou há mais de 1.600KM de distância de sua família, separando-o brutalmente de seu convívio com a mãe e o irmão mais velho. Extremamente pobre e sem a mínima noção de como reencontrar o local onde vivia, Saroo acaba em um orfanato, e de lá, é levado para seu novo lar na Austrália, onde vive há mais de vinte anos. Entretanto, o jovem não consegue mais viver em paz, sabendo que sua família de sangue viveu todos estes anos sem saber se ele estaria vivo ou morto. E quando o fardo torna-se pesado demais para Saroo carregar, ele decide utilizar a tecnologia moderna, para dar vida à uma improvável chance de reencontrar sua família.

      De início, Lion apresenta uma semelhança um tanto incômoda com o vencedor de oito Oscars Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire, dirigido por Danny Boyle em 2008 e também protagonizado por Dev Patel), outro expoente do cinema que retrata a Índia de maneira bela e triste, escancarando a situação miserável de boa parte da população do país, especialmente as crianças, muitas delas vivendo nas ruas em situação deplorável. Mas aos poucos, o sólido roteiro da produção, baseado no livro de memórias do próprio Saroo, e adaptado para as telas por Luke Davies (do ótimo drama Candy, 2006), começa a traçar seus próprios passos, e de maneira cativante e bastante comovente.

      Assim como o filme de Danny Boyle, Lion apóia seu primeiro ato na forte presença de uma criança, neste caso, o pequenino e incrivelmente carismático estreante Sunny Pawar, que interpreta Saroo quando criança. O talento descomunal do garotinho dá o tom vibrante e sempre emocionante da produção, e estabelece as bases para a entrada em cena do protagonista em sua fase adulta, também interpretado com enorme coração por Dev Patel, que mostra um sensacional amadurecimento desde sua aparição no filme de Boyle. É traçando um paralelo entre as duas fases deste fascinante e destemido personagem, que Lion transforma-se em um estudo de personagem rico e delicado, onde as relações familiares em torno de Saroo, tanto com sua família verdadeira como com sua família adotiva, viriam a definir um ser humano de caráter admirável, que sempre conta com a identificação incondicional do público. O espectador sofre e se emociona ao lado do protagonista, torcendo por um destino de paz e reencontro para sua sofrida persona.

      Além dos desempenhos fenomenais de Patel e Pawar, Lion também conta com uma performance maravilhosa de Nicole Kidman, que aparece para lembrar o público de seu enorme talento, por vezes desperdiçado em produções de pouca qualidade. Quem também aparece bem, mas em um papel menor, é Rooney Mara (do drama Carol), que interpreta a namorada do protagonista. Vale ressaltar também a impactante fotografia do filme, à cargo do também australiano Greig Fraser (de Rogue One: Uma História Star Wars), vencedora do ASC Award, o Oscar da fotografia, que é extremamente eficaz em capturar a magnitude do cenário indiano, e em escancarar a descomunal distância que Saroo percorreu, e que o separou de sua família original.

      Uma história de abordagem extraordinariamente humana e tocante, e que carrega consigo uma conclusão emocionalmente demolidora, que leva às lágrimas de maneira autêntica e marcante, Lion: Uma Jornada Para Casa marca a estreia de um diretor que já surge no melhor de seu jogo, e também de um promissor talento da Índia para o mundo. Além de testificar o talento de Dev Patel, agora um maduro intérprete em total controle de suas habilidades interpretativas. Mas mais do que isso, Lion: Uma Jornada Para Casa é uma declaração cinematográfica que testifica a completa ausência de limites para o espírito humano, mesmo quando este é testado de formas inimagináveis. Ah, mas nada como contar com uma ajudinha do Google Earth também, é claro.

      Lion: Uma Jornada Para Casa está indicado para seis Oscars 2017: Melhor Filme, Ator Coadjuvante para Patel, Atriz Coadjuvante para Nicole Kidman, Roteiro Adaptado, Fotografia e Trilha-Sonora, e o filme estreia nos cinemas brasileiros no dia 16 de Fevereiro.

      https://www.youtube.com/watch?v=oNvcE7YsxWE

      Tags : 89th Academy Awards, crítica Lion, crítica Lion: Uma Jornada Para Casa, David Wenham, Dev Patel, Garth Davis, Greig Fraser, Índia, Lion, Lion Review, Lion: Uma Jornada Para Casa, Nicole Kidman, Oscar 2017, Rooney Mara, Sunny Pawar
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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