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      Crítica: A Rota Selvagem (Lean on Pete) | 2017

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      março 27, 2018
      Cinema
      3 Comentários
      10
      Crítica: A Rota Selvagem (Lean on Pete) | 2017

      Dentro do cinema existe praticamente um subgênero que muitas pessoas acompanham, sem mesmo se dar conta de que estão acompanhando: os filmes sobre cavalos. Ao longo das décadas, estes belíssimos animais deixaram de ser apenas “props” nos filmes de faroeste para se tornarem muitas vezes os objetos principais das narrativas, em inúmeros filmes como O Corcel Negro (Carroll Ballard, 1979), O Encantador de Cavalos (Robert Redford, 1998), Seabiscuit: Alma de Herói (Gary Ross, 2003), e muitos outros. No drama Cavalo de Guerra (War Horse, 2011) do mestre Steven Spielberg, por exemplo, o animal é literalmente o protagonista da produção.

      Nas mãos do diretor e roteirista Andrew Haigh (dos dramas Weekend e 45 Anos), cineasta acostumado a abordar e detalhar as conexões emocionais entre duas pessoas, o cavalo substitui um destes indivíduos neste bonito A Rota Selvagem (Lean on Pete, UK, 2017), filme em que o diretor se aventura pela vastidão do noroeste americano, e que foi bastante elogiado após suas exibições nos festivais de Veneza e Telluride. Haigh e seu diretor de fotografia Magnus Nordenhof Jønck (do drama Guerra, 2015), capturam uma verdadeira galeria de deslumbrantes e solitárias paisagens nos desertos dos estados do Oregon e Idaho. Haigh mais uma vez mostra-se um adepto da poesia solene destes vastos espaços à medida em que ele ilustra uma triste jornada de companheirismo e amizade.

      A Rota Selvagem é em sua essência um amargo road movie sobre um jovem adolescente, Charlie (o ótimo Charlie Plummer, do recente Todo o Dinheiro do Mundo, do mestre Ridley Scott), que se encontra em uma dolorosa jornada em busca de um novo lar. Ele é acompanhado em grande parte de sua viagem por um cavalo chamado Pete, a quem Charlie veio a conhecer enquanto trabalhava como ajudante no estábulo de um velho proprietário de cavalos de corrida.

      Mas esqueça as luzes e a pompa do circuito Triple Crown, por exemplo. As pistas visitadas por Charlie e Pete são pobres e empoeiradas, onde pessoas ganham a vida montadas nas costas de animais que trabalharão até a morte. Quando tal destino parece iminente para Pete, Charlie – que está lidando com uma tragédia familiar – decide roubar o animal, embarcando em uma condenada viagem para o estado do Wyoming, na esperança de encontrar uma tia distante a quem não vê há muito tempo.

      O filme então segue uma espécie de narrativa episódica, em que Charlie e Pete passam a depender da instável generosidade de estranhos que eles conhecem ao longo do caminho, propiciando ao público um olhar na difícil realidade do povo americano nestas esquecidas localidades. O diretor Haigh é britânico, e há momentos em A Rota Selvagem em que sua visão da “toda-perigosa” América soa um pouco lúgubre, remetendo muito à maneira com que (de maneira injusta, eu acho) a diretora Andrea Arnold foi criticada por seu retrato da juventude pobre americana em seu drama Docinho da América (American Honey, cuja crítica você também pode conferir aqui no Portal do Andreoli).

      Mas estes momentos são raros em A Rota Selvagem. Na maior parte do tempo o filme carrega um acertado tom desgrenhado, que é crível e adoravelmente texturizado. E há também uma graciosidade abundante na maneira com que Haigh enfoca o flagelo de seu herói, evidenciando um profundo carinho e uma cautelosa esperança em um personagem vulnerável, que parece cada vez mais perto do abismo.

      Assistindo à performance de Plummer, fica fácil de entender porque Haigh acredita tanto nele. Plummer chamou a atenção pela primeira vez na produção indie King Jack, em 2015, interpretando de maneira inspirada e doce um garoto que mesmo vivendo em um cenário de caos financeiro, procura encontrar alguma autonomia em sua vida. Ele retorna ao mesmo território aqui, trabalhando em seu personagem a mesma decência que provoca imediata simpatia e preocupação por parte do público. Seu Charlie é um jovem de poucas palavras, mas Plummer não deixa de comunicar uma infinidade de sentimentos, mesclando a doçura da idade do protagonista com a dureza de sua condição, causada por tanta dor, desespero e solidão ao seu redor. Plummer é a alma e o coração deste belo A Rota Selvagem, um filme duro e comovente, que ao contrário de outros exemplares do gênero, não depende apenas do cavalo para emocionar o espectador.

      A Rota Selvagem será exibido na Mostra Internacional de Cinema de SP 2018 e em seguida lançado nos cinemas brasileiros, no dia 15 de novembro.

      Tags : A Rota Selvagem, A24, Andrew Haigh, cavalos, Charlie Plummer, cinema, crítica, Crítica A Rota Selvagem, Crítica Lean on Pete, Drama, Filmes, Horses, Lean on Pete, Lean on Pete Review, Movies, Review, Trailer
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentários ( 3 )

      1. ResponderJerri
        27 de março de 2018 at 22:38

        Ótima crítica, fiquei com vontade ver o filme. Vai pra lista 🙂

        • Eduardo Kacic
          ResponderEduardo Kacic
          28 de março de 2018 at 00:27

          Muito obrigado pela confiança, Jerri!
          Volte sempre ao Portal do Andreoli.
          Abraço!

      2. ResponderClau
        6 de outubro de 2018 at 20:42

        Não gostei… tem início, meio e não tem fim .
        Odeio esse tipo de filme .
        Me desculpe, apenas sendo sincera , pensei que seria o filme , mas não foi dessa vez, para mim!

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