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      Crítica: Killing Ground (2017)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      julho 25, 2017
      Cinema
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      Crítica: Killing Ground (2017)

      Ninguém é tão eficiente ao retratar a brutalidade como os australianos. Wolf Creek: Viagem ao Inferno (2005), Snowtown (2011), e o recente Hounds of Love (cuja crítica você confere aqui no Portal do Andreoli), todos compartilham crueldade extrema, situações-limite, e aquela incômoda sede humana pela violência explícita. Esta estreia na direção do jovem Damien Power, Killing Ground (Austrália, 2017), mantêm com honra esta tradição. Trata-se de uma produção enervante e perturbadora, que provoca a apavorante constatação de que os tenebrosos eventos que retrata, podem realmente acontecer a qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer lugar.

      Para os protagonistas do filme, tais eventos funestos acontecem durante um acampamento, em que duas famílias em férias decidem acampar em Gungilee Falls, uma região encrustada às beiras do outback australiano. Ian (Ian Meadows, do drama The Turning), e Sam (Harriet Dyer), formam um doce e apaixonado casal, em romântica viagem pela região; Rob (Julian Garner) e Margaret (Maya Strange, de XX/XY), formam outro casal que também viaja pelo local, acompanhados de sua filha adolescente (Tiarnie Coupland), e do pequenino filho mais novo, em busca de um pouco de tranquilidade. O público não chega a saber muito sobre os dois casais, mas apenas o suficiente para gostar deles. Eles são boas pessoas que amam uns aos outros, o que torna quase insuportável para o espectador vê-los serem atormentados, torturados, abusados sexualmente, e mortos.

      O terror chega na forma dos caçadores German (Aaron Pedersen), e Chook (Aaron Glenane, de Conspiração e Poder), um par de degenerados que adoram preparar armadilhas, sejam para os javalis que habitam a região, como também para as infelizes presas humanas que surgem na localidade. A dupla surge para atormentar e subjugar os protagonistas, e fica nítido que a narrativa passa a se desenrolar em duas linhas de tempo, dois ciclos de caçada. À medida em que as duas linhas narrativas se conectam, fica óbvio qual evento aconteceu primeiro. Power (também roteirista da produção), não utiliza duas linhas narrativas para estabelecer algum mistério, mas sim um senso de temeridade, onde mesmo com o espectador sendo capaz de deduzir qual família foi atacada primeiro, cada momento em que elas estão em cena deixam a amarga sensação de que a qualquer instante, seus finais irão chegar.

      E quando a matança começa, ela é rápida e nada digna. Não há nenhum tipo de honra nestas mortes, apenas o momento em que uma pessoa se torna um cadáver, nada mais. O mesmo momento em que a esperança é varrida e um ente querido se torna nada mais do que um corpo no chão de terra australiano. Power dirige a coisa toda com uma veia de maldade, que com certeza irá fazer com que alguns espectadores desistam da brutal empreitada. De fato, não há nada na narrativa de Killing Ground que eleve um pouco o nível da produção, que funciona como uma rasteira porém eficiente epopeia de violência e horror, que deixará o público com um nó no estômago, que permanece por um bom tempo mesmo após o término do filme.

      Ainda assim, há alguma recompensa para o público, uma vez que as vítimas começam a contra-atacar, mesmo que nunca da maneira que você espera. Killing Ground é corajoso o suficiente para mostrar o que inúmeros filmes não conseguem fazer de maneira eficiente: O fato de que a maioria das pessoas não são heróis ou covardes. A maioria das pessoas estão em algum lugar no meio; elas fazem a coisa certa pelas razões erradas ou a coisa errada pelas razões corretas. Elas correm quando deveriam lutar, apesar de não conseguirem fazer direito nem uma, nem outra opção. Killing Ground abraça esta ideia, e seus personagens acabam sendo mais convincentes exatamente por isso. Há momentos de covardia no terceiro ato da produção que doem pela maneira verdadeira com que são mostrados, como também há momentos de bravura que soam ainda mais honestos.

      No final das contas, contudo, a citada recompensa é bastante escassa, e vem com um custo bastante alto. A sensação que fica ao final do filme, é a de que o público sofre demais apenas pelo ato de sofrer, quase que de maneira masoquista, já que a produção é extremamente eficaz em sua simplicidade nua e crua, muito é claro, pelo fato de que o filme não tem muito a dizer. Quando a dualidade de linhas narrativas é extinta, e a crueldade é escancarada de vez para o público, o filme acaba escorregando para o território dos thrillers feitos por encomenda, e o impacto cai consideravelmente.

      Killing Ground investe na violência. Não chega a ser um produto de pura exploração graças à sua eficiente execução, que em nenhum momento descamba totalmente para o thriller genérico, mas que ao mesmo tempo nunca chega a ser um filme fácil de assistir. O filme brinca cruelmente com os nervos do espectador, deixando-o atônito e aflito em diversos momentos, e certamente, não faz nenhum esforço em oferecer qualquer tipo de alívio.

      Killing Ground não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente em serviços de streaming e VOD.

      Tags : Aaron Glenane, Aaron Pedersen, Austrália, cinema, Crítica Killing Ground, Damien Power, Filmes, Harriet Dyer, Ian Meadows, Julian Garner, Killing Ground, Killing Ground Review, Maya Strange, Movies, Outback, Thriller
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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