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      Crítica: Impetigore (Perempuan Tanah Jahanam) | 2019

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      fevereiro 25, 2020
      Cinema
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      7
      Crítica: Impetigore (Perempuan Tanah Jahanam) | 2019

      Depois de ser atacada por um estranho ensandecido em pleno expediente de trabalho, Maya (Tara Basro), começa a se questionar sobre a traumática experiência pela qual passou. Quem era o homem que a atacou e porquê? Ele parecia saber algumas coisas sobre ela que nem ela própria parecia compreender. Curiosa sobre o que estaria por trás do acontecido, principalmente pelo fato de seu agressor ter mencionado sua cidade natal, na zona rural da Indonésia, Maya decide retornar às suas raízes acompanhada de sua amiga, Dini (Marissa Anita), para conferir se ela realmente deixou alguma coisa para trás, incluindo uma casa relativamente grande a qual ela com certeza teria direito em uma eventual herança. Quando a dupla chega à cidade, elas descobrem um vilarejo praticamente intocado pelas décadas que se passaram desde que Maya partiu, porém, há algo triste e sinistro sobre seu lar ancestral, e este algo está vindo buscá-la.

      Depois de descobrir a existência de um cemitério que parece ter mais covas do que a cidade tem de habitantes, incluindo algumas bem recentes, Maya e Dini começam a se perguntar sobre o que realmente está acontecendo no local. Fingindo que estão pesquisando sobre a antiga tradição javanesa da arte com marionetes, a Wayang, elas acabam chegando ao soturno Ki Saptadi (Ario Bayu), que parece ser a principal autoridade do vilarejo. Saptadi não parece ser lá muito confiável, mas é através dele que a dupla descobre que uma maldição recaiu sobre a vila, e nenhuma criança saudável nasceu no local em todos os anos desde a partida de Maya. À princípio nada faz muito sentido para ela, principalmente pelo fato de que Maya tem visto um trio de garotinhas aparecendo aqui e ali pelo vilarejo, mas à medida em que Maya e Dini começam a cavar mais fundo em busca de explicações, elas percebem que podem na verdade estar cavando suas próprias covas, e que talvez Maya esteja mais próxima da tal maldição do que ela imagina.

      O diretor Joko Anwar já está à frente da onda do gênero horror do cinema indonésio desde que seus primeiros filmes foram exibidos internacionalmente, aproximadamente quinze anos atrás. Ao lado de nomes como Gareth Evans e Timo Tahjanto (responsáveis por petardos como a franquia Operação Invasão, Headshot, Apóstolo, V/H/S/ 2 e A Noite Nos Persegue), Anwar já explorou tudo que você possa imaginar, desde ação até horror extremo, sempre com resultados excepcionais. Seu filme anterior, Satan’s Slaves, lançado em 2017, foi o filme que mais chamou a atenção do público internacional para o trabalho do diretor, arrasando em todos os festivais em que foi exibido e cravando seu lugar como um dos filmes mais assustadores da última década. Com este Impetigore (Perempuan Tanah Jahanam, IND, 2019), Anwar volta a explorar o horror rural de seu país, com o qual ele está completamente habituado e que sabe explorar como ninguém.

      Anwar parece se superar quando aborda artifícios do gênero e os utiliza para explorar a rica cultura indonésia e sua história. Com Satan’s Slaves e agora Impetigore, o diretor vai longe ao explorar a história e as tradições pré-coloniais da ilha-nação para criar uma experiência única que não poderia ter se originado em nenhum outro lugar da Terra. A Wayang, arte das marionetes que tem mais de mil anos de existência, é usada como veículo para o terror em Impetigore, e também como parte integral da feitiçaria que abastece os momentos mais assustadores do filme.

      Impetigore leva o espectador para muitos lugares escuros e sombrios, tanto literalmente quanto de maneira figurada. A casa para a qual Maya retorna acreditando ser parte da sua herança, há muito foi abandonada e acabou se tornando uma fonte de sombras assustadoras. Muito da ação em Impetigore acontece sob a luz de velas ou projetada através das sombras, como as cenas do teatro de Wayang, que transforma uma alegre celebração cultural em algo dramaticamente sinistro.

      O roteiro do próprio Anwar também explora as consequências de se deixar para trás sua comunidade e suas origens, quando supostamente se busca por coisas maiores. Maya esqueceu de suas raízes, também de maneira literal e figurada. E grande parte da temática do filme se apoia na reconexão de Maya com o seu passado. Como muitas crianças que crescem na área rural da Indonésia e tentam conquistar uma maneira de ir para a cidade grande, Maya não vê mais a si mesma como uma garota do interior, o que não quer dizer que o interior tenha se esquecido dela. Não só não se esqueceu como também não perdoou os pecados aos quais ela está conectada.

      Ainda que eu tenha adorado o que Impetigore se tornou, demorou bastante para o filme realmente mostrar a que veio. Quase uma hora se passa até que os conflitos centrais do filme dêem as caras. Anwar toma seu tempo e passa essa primeira hora de seu filme construindo a atmosfera, o que pode incomodar alguns espectadores. Contudo, uma vez que o clima começa a esquentar, Anwar derrama uma grande parte da história no colo do espectador, e os menos preparados para este tipo de cinema podem acabar se perdendo um pouco. Talvez um pouquinho mais de equilíbrio no ritmo da narrativa da produção e Impetigore seria um filme de horror praticamente perfeito.

      Um título como Impetigore (que na tradução livre significa algo como “doença infecciosa”), automaticamente cria certa expectativa no público, e aqueles que procuram somente carnificina ficarão um pouco decepcionados. O filme certamente tem alguns momentos cabulosos, mas seu título original, que na tradução significa algo como “Mulher da Terra Amaldiçoada”, está muito mais em linha com o filme que assistimos. Sem dúvida há bastante sangue, e alguns relances de gore aqui e ali, mas a maior parte do horror é sugerida, e de maneira bastante eficiente.

      Joko Anwar continua a trilhar seu caminho como um dos grandes nomes do horror mundial. De esforço em esforço, o diretor já construiu um currículo invejável dentro do gênero, e parece melhorar a cada nova produção. Impetigore é um filme que ressoa com força no espectador, não só pelo horror propriamente dito, mas também por todos os elementos humanos que permeiam a produção, e que por incrível que pareça, por vezes são mais assustadores do que qualquer assombração.

      Impetigore não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente através de sistemas de streaming e VOD.

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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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