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      Crítica: Ghost Stories (2017)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      abril 6, 2018
      Cinema
      1 Comentário
      11
      Crítica: Ghost Stories (2017)

      Há alguns meses publiquei aqui mesmo no Portal do Andreoli minha crítica sobre o belíssimo drama existencial A Ghost Story, filme dirigido por David Lowery e protagonizado por Casey Affleck e Rooney Mara, que toca fundo o coração do espectador com sua ótica nada convencional sobre a condição da morte. Não confundam portanto o filme de Lowery com este thriller sobrenatural britânico Ghost Stories (UK, 2017), produção que cai como uma luva para os fãs de uma boa e velha história de fantasma. Escrito e dirigido à quatro mãos por Andy Nyman (também ator e mágico, mais conhecido por créditos em filmes como Morte no Funeral e na série Peaky Blinders), e Jeremy Dyson (membro do grupo cômico britânico League of Gentlemen), Ghost Stories mescla com sucesso comédia e horror, ainda que aqui a balança pese bem mais para o segundo.

      O filme é uma adaptação de uma peça teatral homônima, que Dyson e Nyman criaram juntos. A peça se tornou um imenso sucesso, e ficou em cartaz por mais de dois anos no circuito teatral de Londres. Assim como a versão do palco, Nyman também estrela esta versão cinematográfica no papel do Professor Phillip Goodman, um profissional especializado em desmascarar médiuns e outros especialistas do sobrenatural. Para se ter uma ideia, ele é a estrela de seu próprio programa de TV, chamado “Fraudes Psíquicas”.

      Um belo dia, Goodman recebe uma fita que o coloca no rastro de seu herói de infância, Charles Cameron (Leonard Byrne), o homem que o inspirou a se tornar um combatente dos falsos psíquicos, e que está desaparecido há anos. Quando Goodman encontra seu herói vivendo escondido em um estacionamento de trailers, descobre que o homem se converteu, e que se tornou um crente do sobrenatural. Além disso, Cameron propõe um desafio à seu pupilo: assumir três de seus antigos casos, e uma vez tendo ouvido as histórias referentes à eles, ver se pode continuar capaz de não acreditar no sobrenatural.

      O filme então assume o molde daquelas boas e velhas antologias do horror, bem ao estilo dos clássicos Na Solidão da Noite (Dead of Night, 1945) e Creepshow: Show de Horrores (George A. Romero, 1982), com seus segmentos focando em um vigia noturno de uma prisão abandonada (Paul Whitehouse, de A Noiva Cadáver, 2005); um adolescente ansioso que pega um carro emprestado e se perde em uma floresta (o ótimo Alex Lawther das séries Black Mirror e The End of the Fucking World), e um banqueiro arrogante que aguarda pelo nascimento de seu filho (o excelente Martin Freeman, de Pantera Negra).

      Como uma antologia de terror, Ghost Stories funciona que é uma beleza. Os sustos, ao contrário do que acontece em uma infinidade de outras produções do gênero, são muito bem aplicados, e neste caso acabam sendo uma virtude da produção. Eu contei pelo menos uma meia dúzia deles que realmente me fizeram saltar da poltrona ou proferir um palavrão no sobressalto. Tais sustos não seriam tão efetivos sem a propícia atmosfera do filme, já que Nyman e Dyson fazem um excelente trabalho criando um climão sombrio desde a primeira cena, muito graças aos trabalhos do diretor de fotografia Ole Bratt Birkeland, e do compositor Haim Frank Ilfman (do thriller Os Lobos Maus, 2013).

      E diferente de algumas antologias do mesmo tipo, o filme guarda algo a mais se olharmos o quadro como um todo. Algo que começa a se tornar aparente de maneira gradual, e que transforma o filme em mais do que apenas uma jornada de horror, e sim em uma história sobre os opostos da fé e do ceticismo. Esta substância narrativa extra é bem-vinda, mas não necessariamente acompanha as revelações do terceiro ato, que são espertas, mas não são totalmente surpreendentes ou originais.

      E como não poderia deixar de ser em uma antologia desta natureza, há um certo desequilíbrio no resultado final dos segmentos. O conto protagonizado por Whitehouse, por exemplo, é o mais bem executado e o mais cinematográfico, mas termina de maneira um tanto decepcionante. O segmento estrelado por Lawther é o mais fraco, com uma narrativa um tanto incongruente e que tenta à todo custo emular o trabalho do diretor Sam Raimi em seus filmes da franquia Evil Dead, apesar de trazer mais uma excelente performance do jovem Alex Lawther. Freeman é quem se sai melhor no seu segmento, o mais divertido do filme. Com mais tempo de cena, o ator eleva o patamar do episódio, ainda que este pouco abandone sua natureza teatral na qual é baseado.

      Numa análise geral, a estreia de Dyson e Nyman como cineastas apresenta algumas lacunas, como por exemplo as mudanças bruscas de tom de sua história, que começa como um pseudo-documentário, passando à uma narrativa convencional e se tornando uma antologia, fazendo estas transições de maneira um tanto atabalhoada. O início peca um pouco também pela falta dos elementos do horror, que demoram a aparecer. Ainda assim, o fã do horror vai se divertir bastante com este Ghost Stories, seja pelos momentos de tensão de roer as unhas ou pela performance inesperadamente (e apropriadamente) cômica de Martin Freeman no segmento final. Dyson e Nyman podem não ter atingido o sucesso de sua peça teatral que dá origem ao filme, mas eles com certeza conseguiram honrar o material fonte, e com certeza não faltam entusiastas do gênero horror pensando a mesma coisa.

      Ghost Stories não tem previsão de estreia nos cinemas, e deve chegar ao país diretamente através de sistemas de streaming e VOD.

      Tags : Alex Lawther, Andy Nyman, cinema, crítica, Crítica Ghost Stories, Filmes, Ghost Stories, Ghost Stories Review, Horror, Horror Movie, Jeremy Dyson, Martin Freeman, Movies, Paul Whitehouse, Review, Sobrenatural, Terror, Thriller, Trailer
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentário ( 1 )

      1. ResponderIsaac
        23 de setembro de 2018 at 17:44

        Ótima crítica, ótimo filme, passa voando o tempo. Só gostaria de contribuir que o final é, praticamente, uma cópia do final de um outro filme que é extraordinário e pouco conhecido: Malpertuis, que traz a última aparição de Orson Welles em cena.

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