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      Crítica: Freaks (2018)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      julho 23, 2019
      Cinema
      5 Comentários
      3
      Crítica: Freaks (2018)

      Para quem vê o trailer ou lê a enigmática sinopse deste Freaks (CAN/EUA, 2018), é normal esperar por um filme repleto de detalhes curiosos e surpresas. E de fato, é isso o que acontece. Freaks é uma encantadora e radical surpresa que subverte praticamente todas as expectativas que foram criadas em seu trailer. O valor do mistério e da descoberta é bastante alto em Freaks, e ainda que eu aconselhe cada um de vocês a assistir ao filme sabendo o menos possível sobre ele, prometo não estragar nenhuma das revelações com esta crítica.

      O filme traz a jovem Lexy Kolker no papel de Chloe, que vive com seu pai, Henry (Emile Hirsch, finalmente num bom papel em uma produção de nível), em uma casa escura e empoeirada. A questão é que seu pai insiste que ela não pode sair de casa, em nenhum momento, sob nenhuma circunstância. E porquê ela não pode sair? No início não fica muito claro, nem para o espectador e nem mesmo para Chloe, mas Henry é categórico ao afirmar que sair da casa pode significar suas mortes.

      A intimidade claustrofóbica da primeira porção do filme é forte. Em poucos minutos já fica abundantemente claro que a garota Kolker é um verdadeiro achado, e que ela é a âncora da produção. Seus diálogos com Hirsch são impecáveis e possibilitam que o público tenha uma crescente curiosidade sobre o misterioso relacionamento entre os dois. Num minuto, Henry é um pai amável e carinhoso, no minuto seguinte, está trancando sua preciosa garotinha no armário, supostamente para sua própria segurança. Mas seria esta realmente a verdade ou há algo ainda mais sinistro que Henry está escondendo?

      A dupla de diretores Zach Lipovsky e Adam B. Stein (do obscuro O Duende: As Origens, 2014), não dão as respostas para seu público facilmente. Os dois fazem o espectador suar por elas, e garanto a vocês que o esforço é mais do que válido. Primeiro porque a apresentação deles é extremamente cativante, e segundo, tais respostas estão conectadas a algumas regras fascinantes e à construção de um universo completamente novo. Cada cena em Freaks tem valor. Elas funcionam como peças de um quebra-cabeças narrativo e também são peças-chave para o desenvolvimento de Chloe: Quem ela é, como foi parar nesta situação, e para onde ela pode estar indo.

      O cenário insano e ambicioso que Lipovsky e Stein concebem é amplificado ainda mais por sua abundância de incríveis elementos visuais. O design de produção da casa é repleto de detalhes e contribui demais para ilustrar a estranha vida de Chloe, seus temores e seus parcos momentos de ternura. A iluminação também ajuda neste sentido, sem falar na sábia decisão de Lipovsky e Stein em filmar de câmera na mão, o que captura de maneira ampla a história à partir da perspectiva da garota, colocando o espectador junto dela em diversos momentos.

      Os mais sensíveis talvez reclamem um pouco da violência um tanto exacerbada do filme, e os mais realistas talvez encontrem alguma dificuldade em aceitar algumas “forçadas” no que diz respeito à verossimilhança. É claro que Freaks lida com uma tensa situação de vida ou morte, mas é impossível não julgar alguns personagens por em certos momentos tirar a vida de inocentes de maneira tão rápida e fácil, ou mesmo de outros personagens cujas transgressões não justificam uma sentença de morte. Contudo, Lipovsky e Stein conseguem manter a trama bem amarrada, porque apesar de Freaks ser um filme de gênero, seu núcleo fala sobre os elementos que mantêm uma família unida, e é impossível não torcer por certos personagens que sujam as mãos para manter vivos seus entes queridos.

      Com relação à verossimilhança, Freaks é um filme cuja narrativa trabalha aspectos que “não são deste mundo”. E claro que em filmes que flertam com o que não é deste plano, os excessos aparecem o tempo todo, e é preciso relevar muita coisa para curtir bem a experiência. Além disso, com todo o componente de mistério do filme, o espectador é essencialmente encorajado a superanalisar cada detalhe da produção. Lipovsky e Stein criam uma base sólida para seu thriller e prendem com sucesso a atenção de seu público do início ao fim, mesmo que em dados momentos seja preciso fazer vista grossa para alguns dos absurdos citados anteriormente. De qualquer forma, Freaks é tão bem armado que o filme acaba se tornando uma daquelas experiências cinematográficas que se beneficiam da descoberta de detalhes que foram perdidos quando assistimos o filme mais uma vez. E acreditem, essa vontade de rever o filme surge assim que os créditos finais começam a rolar.

      Resumindo, Freaks é uma sci-fi divertida, sombria e intensa, que carrega uma espinha dramática surpreendentemente forte. Todo o elenco está excelente, especialmente a jovem Kolker, e o filme coloca os nomes de sua dupla de cineastas nos holofotes. Kolker entrega um trabalho realmente inesquecível, e o nível de detalhe e emoção que Lipovsky e Stein atingem sugere que não se trata de uma dupla que acertou um tiro no escuro. Os dois visivelmente batalharam para que Freaks alcançasse o resultado que obteve, e quem ganha com isso é o espectador.

      Freaks ainda não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, mas dada a boa campanha do filme nos festivais em que foi exibido, possivelmente a produção ganhe um lançamento em circuito no Brasil.

      Tags : Adam B. Stein, Bruce Dern, cinema, crítica, Crítica de Cinema, Crítica Freaks, Emile Hirsch, ficção, Ficção-Científica, Filmes, Freaks, Freaks Review, Horror, Lexy Colker, Movie Review, Movie Trailer, Movies, Review, Sci-Fi, Suspense, Terror, Thriller, Trailer, Zach Lipovsky
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentários ( 5 )

      1. ResponderKaren PBST Blanche
        24 de julho de 2019 at 12:17

        Kacic, vc como crítico de cinema continua dando as melhores dicas. Muito obrigada. Saúde e sucesso sempre.

        • Eduardo Kacic
          ResponderEduardo Kacic
          24 de julho de 2019 at 21:03

          Muito obrigado, querida Karen! Espero continuar correspondendo às expectativas dos meus companheiros cinéfilos.
          Grande beijo e volte sempre ao Portal do Andreoli!

      2. ResponderA. Reis
        19 de dezembro de 2019 at 18:06

        Venho notando ultimamente é o surgimento de filmes, com jovens dotados de poderes (Brightburn, Eli…). numa visão mais realista, não visto como “heróis” gerando idéias fantasiosas ao público de heroísmo.
        Freaks, lembra uma versão de mutantes ou até mesmo supergirl, sendo interpretado de uma forma que em nossa realidade eles seriam visto por muitos como ameaças. (Brightburn, superman e la se vai).

        bem! gostei, e espero que façam, uma segunda ou terceira continuação de todos os citados.

        Abraços!

      3. ResponderMarcus Valerio XR
        11 de junho de 2020 at 09:39

        Excelente filme é ótima crítica para quem, como eu, gosta de ver filmes com o mínimo de informação possível. Assisti ainda em 2018 um teaser do filme que me deixou curiosíssimo, mesmo que nada mostrasse além de cena claustrofóbicas do pai e a filha. Mas tive a forte intuição que seria um ótimo filme, e o procurei muito até descobrir que sequer havia sido lançado.

        Só esta semana finalmente pude vê-lo, e por sorte, sem qualquer informação adicional, e tive uma experiência maravilhosa.

      4. ResponderMarcus Valerio XR
        11 de junho de 2020 at 09:41

        Excelente filme e ótima crítica para quem, como eu, gosta de ver filmes com o mínimo de informação possível. Assisti ainda em 2018 um teaser do filme que me deixou curiosíssimo, mesmo que nada mostrasse além de cenas claustrofóbicas do pai e a filha. Mas tive a forte intuição que seria um ótimo filme, e o procurei muito até descobrir que sequer havia sido lançado.

        Só esta semana finalmente pude vê-lo, e por sorte, sem qualquer informação adicional, e tive uma experiência maravilhosa.

        Freaks é um caso raro de abordagem de um tema batido e inverossímil de modo tão perspicaz que consegue revitalizá-lo e torná-lo crível.

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