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      Crítica: Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile) | 2019

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      abril 26, 2019
      Cinema
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      12
      Crítica: Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile) | 2019

      A América é obcecada pelo crime. Não sei explicar o porquê, mas essa é a verdade. Documentários como Making a Murderer (2015), thrillers como Serial e Zodíaco (ambos de 2007), e tantas outras histórias verídicas sobre assassinos, seriais ou não, tornaram-se extremamente populares junto à mídia e ao público. O novo filme do documentarista Joe Berlinger (O Paraíso Perdido: Assassinatos de Crianças em Robin Hood Hill, 1996), este Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, EUA, 2019), é um dos grandes exemplares cinematográficos do ano sobre o tema, que ainda espera pelo lançamento de Era uma Vez em Hollywood, novo filme de Quentin Tarantino que tem como um dos assuntos o assassinato da atriz Sharon Tate, que no filme será interpretada por Margot Robbie.

      Outro bom título do gênero lançado este ano foi o documentário Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy (Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes), filme também disponível na Netflix e que vejam só! Foi dirigido pelo próprio Berlinger. Ou seja, Berlinger foi o responsável por duas adaptações sobre o serial killer favorito da América, Ted Bundy, uma delas um documentário, e outra esta dramatização em torno da história real.

      O filme é uma adaptação das memórias da namorada de longa data de Bundy (interpretado aqui por um surpreendente Zac Efron), Elizabeth Kloepfer, publicadas no livro The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy. Ela escreveu o livro sob o pseudônimo Liz Kendall (aqui interpretada por Lily Collins, de O Mínimo Para Viver, cuja crítica também está disponível aqui no Portal do Andreoli). Portanto, não assista ao filme esperando por assassinatos brutais, estupros, decapitações ou gore em geral. Berlinger não se preocupou em transformar seu filme em algo sangrento, mas sim em um tipo mais realista e reflexivo de thriller sobre crimes verdadeiros.

      Quase tudo no filme é visto sob a perspectiva de Kendall, o que explica o porquê de não vermos os assassinatos acontecerem. Bundy e Liz se conhecem em um bar, se apaixonam imediatamente, começam a morar juntos, e passam a viver como uma típica família feliz ao lado da filha pequena de Kendall. O filme aborda quase uma década desta convivência, e tudo o que vemos em Bundy é a mais sincera gentileza, amor e seus sacrifícios pelo bem-estar de Kendall e sua filha. É como se o filme entregasse um final feliz em pouco mais de cinco minutos de narrativa. Eventualmente, a produção aos poucos revela a verdadeira natureza de Bundy, suas idas e vindas em delegacias até chegar à prisão, e nos 30 minutos finais no tribunal, onde Efron não dá nada menos que um show.

      Mas mesmo com tudo isso, o público nunca vê Bundy em modo serial killer. O filme deixa algumas pistas do que se passa na cabeça dele, como a maneira com que ele coloca suas mãos em torno da garganta de Liz na hora do sexo, ou a maneira com que ele beija a testa dela, deixando uma ligeira impressão de dominação sobre sua parceira. Mesmo em seus momentos mais instáveis, Bundy procurava manter um mínimo de compostura, e é principalmente nestes momentos que brilha a interpretação irrepreensível de Efron. De qualquer maneira, é impossível não ver a delicadeza e compaixão de Bundy como algo além de completa sociopatia, já que todos nós sabemos a verdade em torno da persona doentia do homem.

      Reportagens sobre mulheres desaparecidas, assassinadas e estupradas começam a aparecer em todo lugar que Bundy visita. Kendall começa a se sentir um tanto temerosa, mas nunca chega realmente a desconfiar de seu parceiro. Quando ela finalmente começa a desconfiar dele, ela se torna mais emocionalmente distante, enquanto que ele se distancia fisicamente. Nesta distância que surge entre os dois, o filme acrescenta outros personagens na jogada, enquanto que ao mesmo tempo as pistas sobre as mortes apontam cada vez mais em direção à Bundy.

      Durante a mais longa das idas de Bundy para a prisão, Kendall começa a namorar Jerry (Haley Joel Osment, o agora crescido garotinho de O Sexto Sentido), seu colega de trabalho. Bundy então acha outra pobre criatura em quem se escorar, a ingênua Carole (a bela Kaya Scodelario, da franquia Maze Runner: Correr ou Morrer). Os ótimos Jim Parsons (da série The Big Bang Theory) e John Malkovich (de Bird Box, Bullet Head e Velvet Buzzsaw, cujas críticas também estão disponíveis aqui no Portal do Andreoli), aparecem como um promotor da Flórida e o juiz do caso, respectivamente; enquanto que John Krasinski (de Um Lugar Silencioso, cuja crítica também está disponível aqui no Portal), interpreta um dos advogados. Assim como Efron, Collins também está ótima em seu papel, que acaba sendo mais volumoso do que o de seu parceiro de cena. À medida em que as suspeitas em torno de Ted Bundy vão se confirmando e o foco da narrativa se volta para ela, Collins claramente se torna o destaque da produção.

      Se não fosse por Efron, Collins e a perspectiva única do filme, a produção chegaria com certeza a decepcionar. Alguns diálogos são excessivamente forçados e algumas sequências totalmente desnecessárias e esquecíveis. A trilha-sonora é bacana porém distrai bastante o espectador. O uso de hits dos anos 70 e 80 teoricamente é uma boa ideia, mas acaba tendo um timing desastroso no produto final. Sem falar que o filme poderia ter facilmente uns vinte minutos a menos, o que ajudaria no ritmo da produção.

      Eu ouvi alguns rumores de que o filme originalmente deixava o nome de Bundy de fora até seus momentos finais, essencialmente transformando a narrativa em uma “pegadinha” onde o espectador se encantava com um personagem ficcional, um marido charmoso e amoroso que passa a ser acusado injustamente de uma série de crimes hediondos, apenas para chocar o público pelo fato de que todos estavam na verdade simpatizando com ninguém menos que o infame Ted Bundy. Felizmente este caminho não foi seguido, uma vez que não há nada de remotamente crível em tratar um personagem tão letal e real de maneira tão supérflua. Bundy era um predador, e merece ser tratado como tal.

      Há algo de hipnotizante em testemunhar o potencial humano para a maldade, isso se pensarmos no mal como uma privação do bem. É algo sombrio, perturbador e triste, ao mesmo tempo em que atrai o público à questão envolvendo outros crimes verdadeiros da história americana. O peso destes crimes, de tantas mortes, é sentido principalmente após a conclusão deste Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal, e é visualizado nos nomes das numerosas vítimas de Bundy, que passam rolando no início dos créditos finais. Ao todo, foram mais de trinta.

      Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal estreia nos cinemas brasileiros no dia 25 de julho.

      Tags : cinema, crítica, Crítica de Cinema, Crítica Extremely Wicked, Crítica Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal, Drama, Elizabeth Kloepfer, Extremely Wicked, Fatos Reais, Filmes, Haley Joel Osment, História Verídica, Jim Parsons, Joe Berlinger, John Krasinski, John Malkovich, Kaya Scodelario, Lily Collins, Liz Kendall, Movie Review, Movies, Netflix, Review, Serial Killer, Shockingly Evil and Vile, Shockingly Evil and Vile Review, Suspense, Ted Bundy, Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal, Thriller, Trailer, Zac Efron
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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