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      Crítica: Atômica (Atomic Blonde)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      agosto 29, 2017
      Cinema
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      10
      Crítica: Atômica (Atomic Blonde)

      Sem a presença de Charlize Theron, o “filme de espião” Atômica (Atomic Blonde, ALE/SUE/EUA, 2017) seria apenas mais um filme de ação. É a atriz quem dá profundidade emocional à sua fria personagem e à produção em si, na pele da espiã britânica Lorraine Broughton, à medida em que ela tenta recuperar uma cobiçada lista com os nomes de vários agentes secretos operando disfarçados ao redor do mundo, e ao mesmo tempo capturar um agente duplo britânico que opera na Alemanha Ocidental. Porém, o que Lorraine realmente quer, na maior parte do tempo, é um mistério, já que ela se esconde sob uma persona ao estilo James Bond, amplificada por filtros de câmera cinza-prateados, pulsantes luzes azuis e sua bebida favorita, vodka com gelo.

      A imponente performance de Theron é notável. Sua linguagem corporal agressiva e olhar calculista dão à seu personagem inteligência e a garantia de que ela é a pessoa certa para o trabalho. Theron garante um ar verdadeiro ao filme, ao mesmo tempo em que faz com que o público acredite que sua Lorraine não é apenas mais um clone de James Bond. Talvez você escolha assistir Atômica porque o filme é do co-diretor da sensacional franquia John Wick, protagonizada por um fenomenal Keanu Reeves. Porém, você deveria mesmo ver o filme pela presença de Theron.

      A trama de Atômica se passa durante a primeira semana de novembro de 1989, dias antes da queda do Muro de Berlim. Historicamente falando, nós sabemos como esta história termina. Porém, o que é importante aqui é o trabalho de espionagem de Lorraine e suas consequências. Para cumprir sua missão, ela deve enfrentar cada nova situação indiferente às conexões humanas que constrói, para que ela possa sobreviver e também salvar as vidas de seus colegas. Consequentemente, Lorraine lida com estas situações sempre de maneira tática, e nunca emocional.

      Lorraine tem laços pessoais com o espião cuja morte e traição levaram ela à Berlim, numa ligação que é mencionada apenas uma vez durante um flashback. Esta sequência de sonho/flashback sugere uma dimensão mais pessoal da jornada de Lorraine, que felizmente nunca é escancarada. O status quo da protagonista é a frieza, e ela é quem precisa ser, durante toda e qualquer interação da personagem ao longo do filme. Como mulher, ela tem de estar de guarda à todo instante, já que ela entra em toda e qualquer situação sabendo que todos querem propôr algo ou tirar proveito dela.

      Ao longo de sua missão, Lorraine encontra diferentes personagens que se enquadram na descrição acima, como por exemplo o espião britânico David Percival (o ótimo James McAvoy), o informante conhecido como Spyglass (o também ótimo Eddie Marsan, do drama Uma Vida Comum), além da espiã francesa (e possível interesse amoroso) Delphine (a bela Sofia Boutella, do recente A Múmia). Outras interações de Lorraine ao longo da produção incluem também um trio de interrogadores antagonistas: Eric Gray (o baixinho Toby Jones, de O Nevoeiro), seu oficial de comando; Emmet Kurzfeld (o sempre competente John Goodman), um prepotente oficial da CIA; e o misterioso “C” (James Faulkner, de O Bebê de Bridget Jones), um oficial do IM6, o serviço de inteligência britânico. É do jogo de aparências entre Lorraine e todos estes personagens de seu mundo, que Atômica apresenta e desenrola os nós de sua trama de espionagem, que se não é nenhum mar de originalidade (a franquia Missão Impossível que o diga), ao menos não atravanca a evolução do filme.

      Baseado na HQ de Antony Johnston e Sam Hart, Atômica é adaptado por David Leitch (co-diretor da franquia de ação John Wick) e pelo roteirista Kurt Johnstad (do épico de ação 300), de uma maneira bastante visual e esteticamente cuidadosa. A simbologia das cores vermelha e azul permeia todo o filme e a persona de Lorraine, numa analogia que se resume à basicamente fogo e gelo. Lorraine é gelo quando precisa se esconder por trás de sua fachada gélida, sempre banhada em tons de azul. Porém, ela se torna puro fogo explosivo quando precisa mostrar suas habilidades e perícia física, e a tela se banha de vermelho.

      As referências à cultura pop também dão as caras aqui, conectando a personalidade da protagonista aos cenários históricos pelos quais ela passa. A ótima e climática trilha-sonora passeia por New Order e sua “Blue Monday” até David Bowie e sua “Cat People”, canção utilizada com maestria na primeira sequência de ação do filme. Mais referências aparecem por exemplo, em uma cena de luta onde Lorraine segue um grupo de assassinos até um cinema onde está sendo exibido o drama sci-fi Stalker, do mestre Andrei Tarkovsky. Quem viu o clássico filme do diretor russo, com certeza vai identificar certas semelhanças entre os protagonistas das duas obras.

      E dentro de um filme de ação que realmente se preocupa em entregar mais do que o gênero está acostumado a servir ao seu público, torna-se importantíssima a presença de Charlize Theron, em um papel que normalmente, seria dado à algum mediano nome masculino da ação. A intensidade da atriz durante suas cenas de ação – uma mistura da ostensiva coreografia de Operação Invasão com o estilo câmera-na-mão do diretor Paul Greengrass (da franquia de ação Jason Bourne) – realmente convence o público da periculosidade e perícia da protagonista.

      Ao contrário do citado John Wick: Um Novo Dia Para Matar, este Atômica não representa nada necessariamente novo no gênero ação. Contudo, o filme conta com uma protagonista tão encantadoramente letal e interpretada por uma atriz tão fora do comum, que é impossível não embarcar nas tramas e traições do enrolado roteiro da produção. Nem que seja para ver a estonteante Charlize descendo a porrada e quebrando tudo, encerrando a quebradeira com seu olhar de realeza nórdica.

      Atômica estreia nos cinemas brasileiros no dia 31 de Agosto.

      Tags : Ação, Atomic Blonde, Atomic Blonde Review, Atômica, Charlize Theron, cinema, Crítica Atômica, David Bowie, David Leitch, Eddie Marsan, Espionagem, Filmes, James Faulkner, James McAvoy, John Goodman, Kurt Johnstad, Movies, New Order, Sofia Boutella, Toby Jones
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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