• Home
  • Contato
Ir para...
    Luiz Andreoli Luiz Andreoli
    • Home
    • Perfil
    • Colunistas
      • Luiz Andreoli
      • Ana Maria Lessa
      • Ane Bueno
      • Arthur Gimenes Prado
      • Cássio Manga
      • César Romão
      • Dayanna Paiva
      • Edson Andreoli
      • Eduardo Kacic
      • Fabio Muniz
      • Fabíola Calixto
      • Fernando Calmon
      • Imaculada So
      • Iramaia Loiola
      • João Eduardo Dmitruk
      • Jorge Lordello
      • Juliana Oliveira
      • Kacau
      • Lilian Schiavo
      • Márcia Sakumoto
      • Milena Wydra
      • Paty Santos
      • Rachid
      • Regina Pitoscia
      • Rodrigo Donati
      • Sônia Pezzo
      • Sueli Oliveira
      • Valéria Gimenes
    • Esportes
    • Entretenimento
      • Variedades
    • Saúde
    • Gastronomia
    • Moda
    • Galeria
      • Livros
      • Fotos
    • Contato
    Ir para...

      Crítica: Arctic (2018)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      outubro 30, 2018
      Cinema
      10 Comentários
      13
      Crítica: Arctic (2018)

      Para nós brasileiros, é uma grande surpresa (pelo menos para mim foi), descobrir que o diretor por trás deste Arctic (Islândia, 2018), é um brasileiro. Na surdina, Joe Penna surge na cena cinematográfica internacional já colocando seu filme de estreia no rol das produções de destaque exibidas no Festival de Cannes deste ano. Nada mal para este paulistano que começou sua carreira no YouTube, para depois partir para a direção de curtas.

      E realmente seu primeiro longa não decepciona. Mesmo abordando um tema já muito explorado pelo cinema, o do “homem vs. natureza hostil” (e por natureza hostil entenda-se cavernas, montanhas, matas, ou águas de clima revolto e repletas de todos os tipos de formas de vida perigosas), Arctic é um dos mais sólidos exemplares deste subgênero, valorizado pela presença magnética de um dos melhores atores da atualidade e também um dos meus favoritos pessoais, o dinamarquês Mads Mikkelsen (do excepcional drama A Caça e o personagem-título da série Hannibal).

      O ator interpreta um homem engenhoso que se encontra isolado na vastidão do Ártico, e o filme é extremamente econômico tanto em termos narrativos como em sua execução. Nada de soluções de última hora ao estilo MacGyver ou mesmo informações sobre o background do protagonista; trata-se de um drama sobre sobrevivência simples e direto, que deixa espaço para Mikkelsen mostrar suas consideráveis habilidades artísticas, deixando o público impressionado também com seu preparo físico para o papel.

      A narrativa de Arctic é simples e linear, e mostra a luta do sobrevivente, Overgard (Mikkelsen), para superar catástrofe após catástrofe e assim atingir seu objetivo de sair vivo do local. Claramente, Overgard tem vivido há bastante tempo dentro da fuselagem do avião que o transportava antes de cair no Ártico: seu relógio digital apita e o avisa a hora de terminar uma atividade e começar outra; ele elaborou um sistema de pescaria que o permite capturar os peixes sob o gelo, e ele também gravou um gigantesco sinal de “SOS” na neve que pode ser visto de cima caso a improvável chance de um helicóptero sobrevoar a área se concretize. E um dia, isso acontece. Mas devido à ventania e à neve, as coisas dão muito errado na tentativa de resgate. Um dos pilotos morre e uma outra sobrevive em estado praticamente catatônico. Agora, Overgard se depara com responsabilidades que ele não havia previsto, que testarão sua resistência e sua vontade de viver.

      O humanismo de Arctic é minimalista, quase que elemental. Nós não sabemos absolutamente nada sobre Overgard, e ao final do filme, continuamos sem saber praticamente nada sobre ele. Ele é basicamente uma folha em branco, um avatar da humanidade. A responsabilidade que ele sente em relação à mulher do helicóptero é similarmente simples: ela é humana, praticamente silenciosa durante todo o filme, e precisa ser protegida. O relacionamento que se desenvolve entre ambos – se é que podemos chamar assim – é de primal dependência à face de uma enorme, perigosa e estéril paisagem.

      Na realidade, não há praticamente nada que se qualifique como diálogo na produção, já que apenas algumas poucas palavras são ditas durante o filme. O trabalho duro tem de ser feito mesmo é por Mikkelsen, que cá entre nós, não deve ter se divertido muito durante as filmagens sempre em temperaturas abaixo de zero. Contudo, sua sólida presença e a emoção e determinação estampadas na face de seu personagem, dão ao público a certeza de que ele não desistirá de sua missão. Mesmo com sua diminuta figura frente à vastidão do Ártico (a produção foi toda filmada na Islândia), enfrentando ferimentos, a perigosa vida selvagem do local e o terreno instável, Overgard tem um objetivo a alcançar.

      Filmes sobre sobrevivência nem sempre agradam a todos os públicos, e este não foge à regra. Com a completa falta de qualquer tipo de detalhe envolvendo o protagonista Overgard, o filme pode começar a soar estranhamente monótono para alguns. A produção também despeja uma interminável sequência de catástrofes que por vezes força os limites da credibilidade. Algo do tipo “quantos problemas a mais esse coitado terá de enfrentar?” Mas Arctic consegue contornar a armadilha de ser apenas mais um disaster movie, especialmente quando foca apenas na performance de Mikkelsen.

      No final das contas, Arctic é um filme de sobrevivência bastante arthouse, de natureza silenciosa e que não se apoia em efeitos especiais a não ser a incrível determinação de seu protagonista. Arctic é cru e visceral, despido de qualquer elemento que cause distração. Você pode dizer que o filme é sobre o “triunfo do indomável espírito humano” ou algo do tipo. Entretanto, Penna não tem este tipo de pretensão épica, e seu filme consiste em um conto sobre um homem que apenas segue em frente. Minimalista e frio, Arctic captura a completa indiferença da natureza para com a existência humana. E também a determinação de alguns indivíduos em apenas continuar existindo, de alguma maneira.

      Arctic ainda não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, mas deve ganhar um lançamento em algumas salas do circuito de arte do país no final do ano.

      Tags : Arctic, Arctic Review, Cannes Film Festival, cinema, crítica, Crítica Arctic, Drama, Festival de Cannes, Filmes, Joe Penna, Mads Mikkelsen, Movies, Review, sobrevivência, Trailer
      Compartilhar :
      • Facebook
      • Twitter
      • Google+
      • Pinterest
      • Linkedin
      • E-mail
      Luiz Pedro: Próteses odontológicas, passado e futuro...
      Próximo artigo
      Luiz Pedro: Próteses odontológicas, passado e futuro…
      Fabiane Cruz: Escolhas e arrependimentos
      Artigo anterior
      Fabiane Cruz: Escolhas e arrependimentos
      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

      Posts relacionados

      • Cinema fevereiro 24, 2021

        Crítica: Violation (2020)

        Crítica: Violation (2020)
        Cinema fevereiro 17, 2021

        Crítica: The Stand - Série

        Crítica: The Stand – Série Completa (2020)
        Cinema fevereiro 12, 2021

        Crítica: Willy's Wonderland (2021)

        Crítica: Willy’s Wonderland (2021)
      • Cinema fevereiro 6, 2021

        Crítica: Stray (2020)

        Crítica: Stray (2020)
        Cinema janeiro 30, 2021

        Crítica: Anônimo (Nobody) | 2021

        Crítica: Anônimo (Nobody) | 2021
        Cinema janeiro 23, 2021

        Crítica: Os Pequenos Vestígios (The

        Crítica: Os Pequenos Vestígios (The Little Things) | 2021

      Comentários ( 10 )

      1. Respondermatos matos
        2 de dezembro de 2019 at 00:04

        entao gente
        bem legal o filme
        gostei do sobrenome do cara e ele sabe as manha da neve
        a mulher poh so dorme mas blza eu entendo pq ela ta quase morrendo ne
        mas ai o final cara foi sacanagem pq eu queria ter visto eles numa melhor tlgd tomando um banho quente ou com umas coberta massa com cheiro de amaciante
        o urso era bem fofinho podia ter convidado pra entrar tomar uma xicara de cafe

        sobrevivencia
        valeu piazada ate a prox

      2. ResponderMagno Náutico
        24 de janeiro de 2020 at 16:07

        Filme muito bom mostra um pouco da realidade do vasto solitario artico , acabei de assisti e me surpreendi no final , parece com o final do filme predadores selvagens onde nao ha final , tipo mostra como os personagem ficaram dps de serem resgatado. mas em fim eu curti o filme, e nao sabia que era um filme feito por um BRASILEIRO

        • ResponderOliver Winner
          25 de janeiro de 2020 at 20:44

          Também não sabia..adorei o filme acabei de assistir.

      3. ResponderOliver Winner
        25 de janeiro de 2020 at 20:42

        Juro,por Deus se aquele helicóptero não voltasse eu iria quebrar o meu computador..Mano,que aflição!

      4. ResponderMarcelo
        28 de janeiro de 2020 at 18:38

        Filme muito bom, só deixa a desejar o final, queria muito ver ele e a moça bem, e em casa. A parte do urso também foi bem real, muito sinistro, se fosse para dar uma nota de 0 à 10.. Nota 9.0

        • ResponderSâmara
          5 de fevereiro de 2020 at 13:03

          Gostei do filme, fiquei ligada o tempo todo, no final fiquei triste ao ver que eles iriam morrer sem ser resgatados depois de tanta luta.
          Pensei assim, ou o filme acaba com eles morrendo segurando a mão um do outro ou o helicóptero volta e acha eles. Quando o vento bate de volta, fiquei feliz, mas decepcionada pois não vi o resgate que fiquei com a esperança de ver durante o filme todo.
          Continuei a ver as letrinhas subindo, achando que iria mostrar eles bem, conversando, contando a história deles um para o outro no final. Que pena! Fiquei feliz em saber que era um diretor brasileiro. Podiam fazer uma pequena continuação ou ” Final de ‘Ártico’ “. Fiquei com sensação de quero mais.

      5. ResponderELTON MICHAEL LEITe
        16 de fevereiro de 2020 at 20:07

        Ele teve que dar a volta pra pousar na direcao do vento

      6. ResponderJosé Francisco
        29 de março de 2020 at 15:54

        O filme traz uma expectativa de que o resgate vai chegar porém o fome deixa um vazio de um final feliz. O resgate chega porém, não há continuidade, de quem é a mulher que socorre.

      7. ResponderCida Penna
        1 de junho de 2020 at 01:19

        Excelente crítica, Eduardo, a melhor que já vi em postagens brasileiras.

      8. ResponderKennedy Lima
        9 de julho de 2020 at 02:52

        Bom filme. Por vezes me senti na pele dele e com uma sensação de impotência por não poder ajudá-lo. A angústia te prende até o final. Daria um 7.5 pela atuação do Mads. Levou o filme nas costas, literalmente. Parabéns pela crítica.

      Deixe um comentário

      Clique aqui para cancelar a resposta.

      Slideshow

      • Fernando Calmon: Waze ou Google Maps: Qual o melhor?
        Carros, Variedades fevereiro 25, 2021
        Fernando Calmon: Waze ou Google
      • Sueli Oliveira: Porque as pessoas se importam tanto com a opinião do outros.
        A Psicóloga, Variedades fevereiro 25, 2021
        Sueli Oliveira: Porque as pessoas
      • Crítica: Violation (2020)
        Cinema fevereiro 24, 2021
        Crítica: Violation (2020)
      • César Romão: Princípio do dar
        Motivação, Variedades fevereiro 24, 2021
        César Romão: Princípio do dar
      • Paty Santos: É amanhã: Flamengo ou Internacional?
        Elas no Esporte, Esportes fevereiro 24, 2021
        Paty Santos: É amanhã: Flamengo

      Tags

      A Psicóloga Arquitetura Arte Bem-estar Bendito Pão Boulangerie Cadê minha advogada? Carros Cavalos Cinema Circuito ABC Criando Sorissos Cultura E aí, doutora? Elas no Esporte Empreendedorismo Feminino Equilíbrio Esportes Estilo & Imagem Fisio Fitness Gastronomia Humor Imóveis Itália Mia! Japão Maternidade Moda Motivação Mulher Mundo Pet Mundo Teen Nossa Língua Olimpíadas 2016 Pet Planejamento Financeiro Portal News Querido Vinho Saúde Segurança Sexo Só Esporte Variedades Vinhos É da Sua Conta

      cadastre-se

      Copyright 2017 Luiz Andreoli