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      Crítica: Animais Noturnos (Nocturnal Animals)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      dezembro 30, 2016
      Cinema
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      15
      Crítica: Animais Noturnos (Nocturnal Animals)

      Uma das produções de maior “pedigree” do ano, o thriller dramático Animais Noturnos (Nocturnal Animals, EUA, 2016), de fato esbanja classe, com uma produção extremamente requintada, valorizada pela fotografia e design de produção elegantes à cargo de Seamus McGarvey (duas vezes indicado ao Oscar por Anna Karenina e Desejo e Reparação), e Shane Valentino (do filmaço Straight Outta Compton), respectivamente. Baseado no best-seller do já falecido escritor Austin Wright, e escrito e dirigido por Tom Ford, em seu retorno às telas sete anos após sua estreia na direção com o sólido drama Direito de Amar (A Single Man, 2009), Animais Noturnos foi o vencedor do Leão de Prata de Melhor Diretor no Festival de Veneza, além de emplacar três indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante para Aaron Taylor-Johnson (do remake de Godzilla e Vingadores: Era de Ultron).

      Apesar da indicação do Globo de Ouro ter sido para Johnson (que realmente está muito bem), é o restante do elenco central que comanda o ritmo e a pesada carga dramática do filme, que discorre, especialmente, sobre os meandros da vingança. Os sempre impecáveis Jake Gyllenhaal, Michael Shannon (que esteve em pelo menos CINCO produções de expressão neste ano) e Amy Adams (vivendo seu maior ano da carreira, com atuações de extrema importância no blockbuster Batman Vs Superman e na excepcional sci-fi A Chegada), conduzem o espectador por uma pungente e íntima jornada através das almas atormentadas de seus personagens, que culmina no descortinar do que há de mais sujo no âmago do ser humano.

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      Susan (Adams) é uma proprietária de uma galeria de arte às portas da falência, e que vivencia o iminente fracasso de seu segundo casamento, com o executivo Hutton (Armie Hammer, de O Agente da U.N.C.L.E.). Num dia, Susan recebe pelo correio uma cópia do manuscrito do primeiro livro de seu ex-marido, Edward (Gyllenhaal), que será publicado em breve. No entanto, os tristes e abruptos acontecimentos que levaram ao final de seu casamento com Edward, fazem Susan acreditar que o forte conteúdo do manuscrito, seria na verdade uma ameaça velada, e um simbólico conto de vingança por parte de seu ex-marido.

      O sólido roteiro de Ford trafega então por duas narrativas paralelas, uma envolvendo Susan e os flashbacks de seu passado com Edward, e outra que foca no manuscrito escrito por ele, que inclusive dá nome ao filme. A narrativa do futuro livro é muito mais envolvente, abordando um conto de vingança onde um pai de família vê-se às voltas com os assassinos de sua esposa e filha, enquanto que o fio narrativo principal, envolvendo Susan e a leitura do manuscrito, acabam por não alcançar a mesma nota. É claro que o papel de ambas as narrativas não é agradar ou desagradar de maneira individual, mas sim complementar uma à outra, o que Ford consegue fazer de maneira eficiente, mas não completamente.

      Toda a pesada carga dramática da produção acaba por se concentrar na narrativa do manuscrito, assim como os melhores personagens do filme, entre eles o marginal interpretado por Aaron Taylor-Johnson, e o policial linha-dura interpretado por um Michael Shannon mais uma vez excepcional. Seu personagem é, inclusive, o melhor elemento de toda a produção. Já a história de Susan e suas escolhas do passado acabam por não encontrar seu tom, ou mesmo uma razão mais evidente de ser, a não ser a de complementar sem brilho o manuscrito escrito por Edward. A própria Amy Adams aparece um pouco apagada no papel.

      Ainda assim, é claro que Animais Noturnos acaba por ser uma experiência cinematográfica recompensadora, principalmente pela maneira com que traça os paralelos entre seus protagonistas, dentro do escopo da rejeição, do ódio, do rancor e é claro, da vingança, tema recorrente do filme. As tensas sequências iniciais da produção (que se concentram em preparar o cenário da narrativa do manuscrito), são o ponto alto do filme, que não consegue chegar ao mesmo patamar em nenhum outro momento da produção, o que também vai de encontro à um velado caleidoscópio da impossibilidade de vingança, em total concordância com o tema central do filme. A mão firme de Ford na direção é vital para o resultado extremamente competente do filme como um todo, vale ressaltar.

      Por fim, Animais Noturnos é um dos grandes thrillers do ano. Como drama, é uma produção substancial em diversas camadas, que agrada ao público mais exigente por algo filmado com altos níveis de excelência. Como um thriller de suspense, entretanto, não alça voos maiores, o que fatalmente comprometerá a campanha do filme nesta temporada de prêmios em Hollywood.

      Animais Noturnos está estreando neste final de semana de Ano Novo nos cinemas brasileiros.

      Tags : Aaron Taylor-Johnson, Amy Adams, Animais Noturnos, Armie Hammer, Austin Wright, crítica Animais Noturnos, Jake Gyllenhaal, Michael Shannon, Nocturnal Animals, Nocturnal Animals review, Nocturnal Animals trailer, Thriller, Tom Ford
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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