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      Crítica: Amigo (2019)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      novembro 12, 2019
      Cinema
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      10
      Crítica: Amigo (2019)

      Amigo (ESP, 2019), filme de estreia do diretor Óscar Martín, pode ser definido como uma espécie de Intocáveis (Intouchables), só que sem a mensagem de esperança contida no drama francês protagonizado por François Cluzet e Omar Sy em 2011. Ambos os filmes se concentram na história de um homem que se encontra paralizado e seu cuidador, e as lutas enfrentadas por eles diariamente. Mas a comparação é apenas ilustrativa, uma vez que Amigo claramente busca seu espaço como um thriller psicológico que revela-se cada vez mais soturno e perturbador.

      Após um acidente de carro que mata sua esposa e deixa seu melhor amigo, David (David Pareja, de A Garota de Fogo, 2014) praticamente sem um arranhão sequer, Javi (Javier Botet, de It: A Coisa e Histórias Assustadoras para Contar no Escuro), passa a necessitar de cuidados especiais. Sem conseguir sair da cama, seu corpo carrega terríveis ferimentos e seus pulmões estão cheios de fluído, o que torna o simples ato de falar algo doloroso e quase impossível; os danos em suas pernas são inoperáveis. Desde a primeira cena do filme, já é possível observar a dinâmica entre os dois sobreviventes. David carrega Javi para dentro de casa, recém saídos do hospital, e David assegura ao amigo que estará lá para tomar conta dele.

      Mas algo não está certo, já que Javi parece não querer a ajuda de David. Pior: David começa a perceber objetos aparecendo em locais em que não estavam antes, e começa a suspeitar que Javi está de alguma forma tentando desestabilizá-lo psicologicamente, mesmo com o fato de que Javi mal consegue se movimentar por sua própria vontade. O (potencial) abuso psicológico continua numa crescente até atingir um nível de tensão insuportável, sintetizando o que realmente é este Amigo: um amargo jogo de poder entre dois “melhores amigos”.

      As performances de Pareja e Botet são o que carregam e eletrificam a narrativa. Botet, que tem mais de dois metros de altura e sofre de uma doença genética que deu a seu corpo um aspecto bastante peculiar, geralmente interpreta monstros e criaturas em grandes produções de Hollywood, como o citado It: A Coisa, Invocação do Mal 2 e Mama, sempre debaixo de muita maquiagem. Mas aqui, sem nenhum adorno sobrenatural em seu corpo, é onde o ator se mostra mais assustador do que nunca. Ainda que a longevidade dos jogos mentais seja questionável – uma sequência de quase-sonho na metade final do filme é desnecessariamente longa demais – a dupla de atores garante a tensão e dão à produção um senso de urgência, mesmo com uma narrativa praticamente estática. A câmera de Martín nos coloca dentro de momentos íntimos que derramam uma forte e importante luz sobre os personagens, sem a necessidade de diálogo.

      O filme sofre mais, acredito eu, com sua conclusão. A tensão precisa ser resolvida de alguma forma, a luta entre os dois precisa terminar, mas a maneira com que toda a situação é finalizada não está no mesmo nível que o restante da produção. Entretanto, a construção que leva a esta resolução é no mínimo um trabalho de mestre do diretor Martín. Em uma série de sequências tortuosas, a dinâmica de poder entre os protagonistas cria um clima no mínimo inquietante. Estas cenas são um tanto difíceis de digerir, uma vez que o filme é vendido como uma comédia de humor-negro, porém elas são dramaticamente ricas e sempre cativantes. Lidando com uma premissa que poderia facilmente levar à estagnação, Martín amplifica a importância do que está em jogo na narrativa e por consequência, o filme nunca perde força.

      Amigo pode não ter a mais perfeita das execuções narrativas, mas Óscar Martín já mostra um senso estético extremamente promissor. Algumas tomadas do filme são paralisantes, e o ritmo da edição leva à uma riquíssima sensação de temor. Sem dúvida trata-se de um cineasta que tem tudo para construir uma bela carreira dentro do gênero, especialmente se continuar acompanhado por atores tão dispostos a se transformar em cena, como é o caso de Pareja e especialmente do sinistro Javier Botet, cuja mera presença em Amigo já é capaz de ocasionar pesadelos no espectador.

      Amigo não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente através de sistemas de streaming e VOD.

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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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