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      Crítica: Ad Astra: Rumo às Estrelas (Ad Astra) | 2019

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      setembro 3, 2019
      Cinema
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      15
      Crítica: Ad Astra: Rumo às Estrelas (Ad Astra) | 2019

      Ambientada num futuro próximo, a ficção-científica Ad Astra: Rumo às Estrelas (Ad Astra, EUA/BRA/CHI, 2019), traz Brad Pitt (em seu segundo grande papel no ano, depois de Era Uma Vez em Hollywood, cuja crítica também está disponível aqui no Portal do Andreoli), no papel do Major Roy McBride, um solitário astronauta cuja reputação é intocável e sua experiência indiscutível. Ele está viajando através da plena vastidão do espaço, mais precisamente na órbita de Netuno, à procura de seu pai, um homem a quem ele mal conhece, e também para tentar parar uma série de inexplicáveis raios cósmicos que ameaçam a vida na Terra. E que podem ou não estarem relacionados ao desaparecimento de seu pai.

      “No final das contas, o filho sofre pelos pecados do pai,” McBride explica através de uma narração, à medida em que sua nave aponta rumo à escuridão espacial. Tal citação encontra sentido na figura de McBride Sr. (o grande Tommy Lee Jones), um brilhante astronauta que desapareceu em ação anos antes, e que pode, de algum modo, ser o responsável pela crise atual. Os superiores de Roy dizem que o que eles querem é apenas que seu pai seja trazido de volta para casa, quando na verdade o que querem é revogar seu comando e provavelmente puni-lo administrativamente. Roy, como sempre, recebe tal informação com um mínimo de emoção, afinal, seus sentimentos por seu pai sempre foram conflituosos; ele nem mesmo tem certeza de que quer encontrá-lo vivo. Contudo, ele continua enviando mensagens e esperando por uma resposta.

      Brad Pitt em AD ASTRA: RUMO ÀS ESTRELAS

      Roy finalmente aporta em Marte, e agora ele está por sua própria conta e risco (se é que já não estava antes), a mais de 55 milhões de quilômetros da Terra. É neste ponto também que o próprio filme começa a seguir por sua conta e risco, se libertando de qualquer amarra narrativa e assumindo toda sua parafernália sci-fi. O filme se transforma em uma implacável parábola sobre pais desesperados e filhos problemáticos, e McBride, sempre um homem frio e calculista, vê seus batimentos cardíacos subirem vertiginosamente à medida em que sua missão ganha contornos de pesadelo. Ele então corta sua comunicação com a Terra e se prepara para encarar seus demônios, viajando cada vez mais para dentro da escuridão onde os horrores revelam-se cada vez mais aterrorizantes. É realmente como já dizia o slogan do clássico Alien: O Oitavo Passageiro: no espaço, ninguém pode ouvi-lo gritar. Neste caso, nem mesmo seu pai.

      Pitt interpreta McBride com uma série de gestos minimalistas e nenhum tipo de agitação adicional desnecessária. Como intérprete, Pitt alcançou um nível que poucos atores contemporâneos chegaram também, onde nem parece que o astro está realmente atuando. A naturalidade de Pitt no papel é tamanha, que algumas de suas cenas poderiam ser vistas como imagens reais de algum vídeo sobre astronautas produzido pela Nasa. O filme é dirigido pelo sempre competente James Gray (Era Uma Vez em Nova York, Z: A Cidade Perdida), que também escreveu o roteiro em parceria com o desconhecido Ethan Gross. Conforme seu currículo já deixa claro, Gray é um cineasta acostumado às grandes produções, porém Ad Astra é sem dúvida seu projeto mais desafiador e grandioso, uma ambiciosa ópera espacial que funciona também como um impactante thriller psicológico de temática sombria e repentinos flashes de violência.

      Ad Astra: Rumo às Estrelas, apesar de toda a avançada tecnologia envolvida em sua concepção e execução, é na realidade uma jornada que remete aos meandros íntimos e perigosos da natureza humana. Como uma espécie de Capitão Willard intergalático que assume uma delicada missão rio acima, Brad Pitt carrega este Apocalypse Now dos novos tempos em busca de um possivelmente enlouquecido Coronel Kurtz, que aqui assume a persona de seu próprio pai. No lugar das selvas escaldantes, Ad Astra nos coloca dentro da silenciosa escuridão do espaço, como ferramenta provocadora de calafrios existenciais; ao invés de soldados vietcongs, o filme de Gray traz babuínos comedores de carne humana e piratas espaciais. Trata-se de um filme extraordinário, sólido e irredutível, além de montado com extrema competência técnica e visual. Ad Astra embarca o público em uma jornada até os limites do universo, e aos confins do espírito humano.

      Ad Astra: Rumo às Estrelas estreia nos cinemas brasileiros no dia 26 de setembro.

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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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