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      Crítica: A Qualquer Custo (Hell or High Water)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      novembro 18, 2016
      Cinema
      4 Comentários
      17
      Crítica: A Qualquer Custo (Hell or High Water)

      Em tempos em que o bilionário Donald Trump é eleito como o 45° presidente dos Estados Unidos, nada mais oportuno do que conferir este excelente A Qualquer Custo (Hell or High Water, EUA, 2016), produção que utiliza-se de maneira esperta de um conto sobre a turbulenta relação fraternal entre dois irmãos envolvidos com o crime, para escancarar o tamanho do buraco em que os EUA estão enfiados desde que a crise econômica revelou a frágil situação financeira da maior potência mundial.

      Os dois irmãos em questão são representados pelo impulsivo e explosivo Tanner (Ben Foster, de Os Indomáveis), e pelo cerebral Toby (Chris Pine, da franquia Star Trek), que às vésperas de perderem o rancho da família para o banco, planejam uma série de assaltos à pequenas sucursais de bancos do estado do Texas, com o intuito de levantar o dinheiro necessário para a quitação das dívidas envolvendo a propriedade. Apesar das diferenças entre os dois, a empreitada parece caminhar bem, sem maiores solavancos. Entretanto, os assaltos cometidos pelos irmãos chamam a atenção do veterano e astuto ranger Marcus Hamilton (o vencedor do Oscar Jeff Bridges), que passa a seguir implacavelmente os passos da dupla.

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      Disfarçado como uma simples história de perseguição entre mocinhos e bandidos, A Qualquer Custo navega por águas bem mais profundas, misturando as cartas na mesa e embaralhando inocentes e culpados, em um roteiro coeso e inteligente, escrito pelo fenomenal Taylor Sheridan (do também excepcional Sicario: Terra de Ninguém). O jogo de gato e rato existe e permeia toda a narrativa, é claro, mas o verdadeiro punch do filme está embebido nos bastidores do cenário de roubos performados pela dupla de irmãos: A crise econômica norte-americana e mundial.

      Retratando uma América implacavelmente falida, a produção passeia por um Texas completamente arruinado, com placas de “vende-se” à perder de vista. Neste cenário de perda e desesperança, os errantes protagonistas do filme procuram por uma redenção que não teria como vir, se não fosse através do caminho do crime. E é claro que, com o crime, vem também o acerto de contas, personificado aqui na pele do ranger às portas da aposentadoria, ele próprio um cidadão desiludido com os rumos da sociedade americana.

      O tom amargo e urgente da narrativa ganha gigantesca força na direção impecável de David Mackenzie, do sensacional Encarcerado (Starred Up, um dos melhores filmes de 2013). O tom sombrio e empoeirado da forte direção de Mackenzie encontra apoio nas performances de sua trinca de protagonistas, todos impecáveis. Chris Pine é o que menos se destaca, em uma performance mais introspectiva. Ainda assim, ele está muito bem. Jeff Bridges mais uma vez esbanja competência em mais uma interpretação de imenso calibre, que remete ao seu U.S. Marshall Rooster Cogburn, do western Bravura Indômita (2010). Mas é o nome menos famoso dos três, o dono do filme. Mais uma vez, Ben Foster rouba todas as cenas em que participa na produção, assim como fez no Western Os Indomáveis, onde ofuscou numa cajadada só a dupla Russell Crowe e Christian Bale. A performance de Foster é elétrica, e fez com que eu me questionasse se não seria Foster o melhor ator de sua geração. Definitivamente é algo a se pensar.

      Vale ressaltar também a ótima trilha-sonora da produção, à cargo do grande cantor, compositor e também ator Nick Cave, em parceria com seu colaborador habitual, Warren Ellis.

      Completamente imerso nesta nova terra de ninguém dos economicamente estripados, A Qualquer Custo é uma dura e implacável fábula sobre o amor fraterno em tempos de medidas extremas e decisões dolorosas, onde inacreditavelmente, o crime encontra uma perigosa e improvável razão de ser. Afinal, é como o povo diz: Ladrão que rouba ladrão…

      A Qualquer Custo estreia nos cinemas brasileiros no dia 29 de dezembro.

      Tags : A Qualquer Custo, Ben Foster, Chris Pine, crise econômica, crítica A Qualquer Custo, David Mackenzie, Hell or High Water, Hell or High Water review, Jeff Bridges, Nick Cave, Taylor Sheridan, Trailer, Warren Ellis
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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      Comentários ( 4 )

      1. ResponderNadia Lamas
        19 de novembro de 2016 at 16:06

        Parabéns, Eduardo, muito boa sua crítica! O filme é realmente muito bom.

        • Eduardo Kacic
          ResponderEduardo Kacic
          21 de novembro de 2016 at 15:50

          Obrigado, Nadia!
          Fico feliz que tenha gostado do texto e do filme!

          Obrigado pela visita e pelos comments!

      2. ResponderMatheus
        28 de dezembro de 2016 at 08:21

        Eduardo, bom texto. Ótimo filme. Aliás, o melhor filme que vi esse ano, ficando a frente de Sicario: Terra de Ninguém.

        Gostei do início do texto. “Em tempos em que o bilionário Donald Trump é eleito como o 45° presidente dos Estados Unidos, nada mais oportuno do que conferir este excelente A Qualquer Custo”. E gostei porque Donald representa talvez o sentimento contrário que grande parte do povo Americano tem do governo Obama, que por sinal afundou o país.

        Inclusive, como todos da grande mídia dizem. Trump venceu inclusive o Establishment. (a elite social, econômica e política de um país)

        • Eduardo Kacic
          ResponderEduardo Kacic
          28 de dezembro de 2016 at 12:21

          De fato, Matheus. É um filme de contexto bem politizado, mas que entrega sua proposta de maneira muito satisfatória.
          Agradeço demais pela visita e pelos riquíssimos comentários!
          Volte sempre!

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