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      Crítica: A Grande Jogada (Molly’s Game)

      Eduardo KacicEduardo Kacic
      dezembro 5, 2017
      Cinema
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      5
      Crítica: A Grande Jogada (Molly’s Game)

      O drama criminal baseado em fatos reais A Grande Jogada (Molly’s Game, EUA, 2017), é a cara de seu diretor e roteirista, o altamente técnico Aaron Sorkin. Sorkin é especialista em adaptar histórias verídicas em dramas de enorme riqueza narrativa e uma certa dose de didatismo. Foi assim em produções como as excelentes Steve Jobs (Danny Boyle, 2015), onde discorreu com propriedade sobre o genial e polêmico mago da informática; e A Rede Social (David Fincher, 2010), em que Sorkin destrinchou a também polêmica criação do Facebook além do caráter de seu criador, Mark Zuckerberg.

      A Grande Jogada marca a estreia na direção de Sorkin, e assim como o fez em A Rede Social, o roteirista utiliza-se de uma narrativa que não exatamente obedece uma ordem cronológica, para contar a incrível história de Molly Bloom (a estonteante ruiva Jessica Chastain, divina), uma esquiadora olímpica que chegou a gerenciar o mais exclusivo e milionário clube de pôquer do mundo, até se tornar um alvo do FBI. O principal foco do filme no entanto, é a dinâmica entre Molly e seu advogado, Charlie Jaffey (o galã Idris Elba, excelente mais uma vez), durante o período do julgamento do caso de Molly.

      A produção também retrata a ascensão e queda de Bloom dentro do mundo do pôquer, desde seu início humilde nos fundos de um bar em Los Angeles, até chegar à um arranha-céu em Manhattan onde além da jogatina, rolava também o uso de bebidas e drogas, e a presença de diversas celebridades. Leonardo DiCaprio, Ben Affleck e Matt Damon eram apenas alguns dos nomes que costumavam comparecer às mesas do pôquer organizado por Molly.

      A eletricidade que surge das cenas em que há a interação entre Chastain e Elba é a principal qualidade da produção. Com o roteiro sempre ligeiro e verborrágico de Sorkin nas mãos então, a dupla deita e rola, esbanjando talento, charme e carisma. Entretanto, o filme é mesmo de Chastain. A atriz incorpora força e determinação à personagem, que passa de uma ingênua assistente à CEO em um pequeno espaço de tempo. Jessica mostra ao público a verdadeira essência de uma performance sobre uma “forte personagem feminina”, que consiste em um ser humano que carrega consigo uma infinidade de emoções, e não apenas uma personagem feminina masculinizada ou “durona”.

      O filme entretanto tem alguns problemas, especialmente na maneira em que retrata o desenrolar do império de Molly. Claramente ela é uma mulher que trabalha em um mundo quase que exclusivamente masculino, e não importa o quanto ela tente subir na pirâmide, sempre há alguém pronto para colocá-la em seu devido lugar. Sorkin até que chega a investigar a questão um pouco à fundo, mas no terceiro ato do filme acaba optando por enfatizar a turbulenta relação de Bloom com seu pai, ao invés de confrontar mais a dinâmica “guerra dos sexos” que movimentava a trama. O ex-astro Kevin Costner (ainda um de meus atores favoritos), entrega uma sólida performance no papel do arrogante pai da protagonista, mas a decisão de Sorkin em colocar revelações emocionais no confronto entre ambos, acaba soando falsa e até um pouco desconcertante.

      Entretanto, em nenhum momento o público chega a cogitar o que seria do filme em outras mãos, já que Sorkin, em seu primeiro trabalho como diretor, mostra ser totalmente capaz de construir um filme esquadrinhando-o por todos os ângulos, e o filme ainda traz um excelente dinamismo visual na fotografia da dinamarquesa Charlotte Bruus Christensen (do drama Um Limite Entre Nós, cuja crítica você também pode conferir aqui no Portal do Andreoli). Mas é na sua especialidade, o roteiro, que Sorkin mais uma vez se destaca. Sorkin aborda com extrema confiança e ambição uma história complexa, com inúmeras locações diferentes, uma narrativa não-linear e bastante narração. E curiosamente, o filme é também bastante divertido, com um humor sutil pincelado com parcimônia e sabedoria ao longo da narrativa.

      Portanto, apesar de alguns problemas aqui e ali com o roteiro, e uma duração que poderia ter bem uns vinte minutos a menos, A Grande Jogada oferece uma atraente crônica de uma história complexa, protagonizada por uma atriz que dispensa apresentações, que entrega aqui mais um trabalho fenomenal. Trata-se também de uma promissora estreia na direção de Sorkin, que me deixa ansioso por esperar qual será seu próximo trabalho como cineasta.

      A Grande Jogada estreia nos cinemas brasileiros no dia 01 de Fevereiro de 2018.

      Tags : A Grande Jogada, Aaron Sorkin, Charlotte Bruus Christensen, cinema, crime, Crítica A Grande Jogada, Drama, Filmes, Idris Elba, Jessica Chastain, Kevin Costner, Michael Cera, Molly Bloom, Molly's Game, Molly's Game Review, Movies, Poker, Pôquer, Thriller
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      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic

      Eduardo Kacic é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá! Hoje veste a camisa do Portal Luiz Andreoli com muito orgulho.

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