Carla Martins: Depressão Corporativa
A reclamação do século XXI, DEPRESSÃO, causadora de notórios problemas como: ansiedade, tristeza, insônia, isolamento, choro, falta de convívio social e familiar, insatisfação pessoal, sono em excesso, irritabilidade, inconstância de humor, baixa produtividade, sem contar a depressão patológica, aquela em que a pessoa não consegue nem sair de casa. Estes são alguns dos sintomas que anunciam a depressão, e muitos outros derivados dessa doença, que hoje atinge milhões de pessoas no Planeta, mas que, não é compreendida por boa parcela da sociedade.
Especificamente, a depressão, decorrente do ambiente de trabalho, por pressão corporativa, resultados de inúmeros fatos, muitas vezes velados, transforma completamente um ótimo profissional, em ser humano doente.
As conhecidas patologias profissionais, existem desde que o trabalho começou a ser desenvolvido pela humanidade, desde os primórdios, mas se fosse respeitado as particularidades físicas e biológicas das pessoas, bem como, as condições adequadas de trabalho, não haveria doenças, como as respiratórias, ósseas e mentais.
Empresas, principalmente aquelas conectadas globalmente, exigem demasiadamente resultados dos seus funcionários, e muitas vezes não respeitando seus horários de descanso, fins de semana, férias, com as conhecidas frases: “só um minutinho”, “sei que está de férias, mas é só uma dúvida”, “desculpa aí, sei que é fim de semana, mas vai ser rapidinho”, e outras tantas que conhecemos, leva embora a saúde humana, que não consegue se desligar mentalmente dos problemas corporativos, levando a um estresse mental.
Fatores de prazos e cumprimento de metas, grandes responsabilidades e excesso de trabalho, criam ansiedades constantes, porém, outro grande indicio da depressão corporativa, que vem chamando muito atenção, são os “CHEFES”, pessoas que ocupam cargos de autoridades acima de determinados profissionais, exigindo muito mais, do que segue estabelecido no contrato de trabalho, e de forma até ameaçadora, muitas pessoas acabam se submetendo a estes assédios no ambiente de trabalho, e se implodem emocionalmente.
O respeito, perdeu-se em meio a palavra TEMPO, a impressão que todos têm, é que o mundo vai acabar amanhã, e não será possível cumprir suas tarefas profissionais, e o medo toma conta de ilustres profissionais, em perder seu valioso emprego, e se esquecem da saúde.
A depressão, é uma doença, controlada com o uso de farmacológicos que regulam e equilibram, partes químicas do cérebro. Porém, é importante olhar para os gatilhos emocionais que desenvolveram o transtorno, procurando ajustar a rotina de trabalho, e a forma com que você profissional, lida com a pressão do dia a dia.
É importante procurar ajuda médica o quanto antes, para que o quadro dessa doença, não evolua e acabe intensificando os sintomas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em estatística alarmante, divulgou que o número de pessoas afetadas pela depressão já chega a 322 milhões em todo o mundo. No Brasil, 5,8% da população sofre com a doença, o que significa mais de 11,5 milhões de pessoas. E mais de 18,6 milhões de pessoas (9,3% da população brasileira) têm distúrbios relacionados à ansiedade.
Um fenômeno tão preocupante, que pode resultar, em casos mais graves, no suicídio, principalmente quando não diagnosticada e tratada. Anualmente, 800 mil casos de suicídio são registrados no mundo.
Empresas que respeitam seus funcionários como SERES HUMANOS, vêm criando uma cultura corporativa diferenciada entre seus funcionários, com incentivos de práticas de esportes, terapias, alimentação saudável, apoio com profissionais especializados e principalmente, respeito da jornada de trabalho, comunicação constante, tendo como resultados uma empresa sadia e um colaborador feliz.
E falando em ser FELIZ, ela existe aonde há serenidade de emoções, para que você consiga desenvolver com plenitude, toda sua capacidade intelectual e profissional, respeitados os seus limites, enfatizando a importância da disposição mental.
Perfeito!